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Channel: Pesca de Cana
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Mudança de spots com algum delay

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No passado domingo realizou-se a 3ª prova do campeonato de pesca da Bordinheira, esta era mais uma prova onde não podia falhar, sob pena de perder o comboio da frente na defesa do titulo do ano passado.
O pesqueiro escolhido para esta jornada foi o Cavalinho, não é que goste do pesqueiro, mas a maré, as condições do mar algo agitadas, com período elevado, ajudaram na escolha.
A ideia inicial era ver se dava com as salemas, já que estamos na época delas , embora elas andem um pouco desaparecidas.
Chegado ao pesqueiro, onde estavam já 2 colegas da prova o Paulo Marques e o Eduardo Arrenegado, toca de montar as canas, para começar optei por pescar mais fino, fio 0,16mm e bóia de 3grs, preparar o engodo e isca, era hora de entrar em acção, com os 3 a pescar à bóia no mesmo buraco, eu fui o primeiro a tirar peixe, uma tainha, depois apanhei umas sargetas, na maioria sem peso foram sendo devolvidas, o Paulo entretanto apanha também uma tainha.
As salemas não estavam por ali, a maré vazava e apenas o peixe rei entro no pesqueiro, insisti até faltar a paciência, e tardiamente lá peguei nas tralhas e mudei de pesqueiro.
Fui andando para norte, onde estava o meu pai a pescar, apenas tinha apanhado uns bodiões, como o pesqueiro estava bom decidi fazer uns lançamentos ali mesmo, carrego bem no engodo, e pesca na agua, a maré já repontava, e pouco depois ferro um peixe, pelo bater vi logo que era uma salema, depois de trabalhar o peixe lá o pus a seco, novo lançamento e nova ferragem, mais uma salema, desta feita acabou por cortar o fio e levou o anzol, elas entraram em força, pensei eu.
Sem hesitar estico a cana com fio mais grosso, 0,18mm e mudo o anzol para um de pé comprido, Começo a iscar com limo, entre algumas ferragens falhadas tirei mais 2 salemas, depois disso desapareceram, nesta altura já o Paulo nos fazia companhia, continuei a insistir, mas delas nem sinal, volto novamente para a pesca mais fina e lá tirei um sargote, ferro mais uma tainha mas acabou por se desferrar.
O tempo passava e a subida repentina do mar tirou as boas condições de pesca, fui obrigado a procurar outro pesqueiro, mais a norte nos Guiões(de dentro) o Eduardo tentava desgradar, o mar já varria a pedra, depois de engodar, ferro 2 salemas uma acabou por partir e outra por desferrar, mais uma vez cheguei tarde ao pesqueiro, fui obrigado a recuar para o Guião de Fora e lá consegui tirar mais uma salema, com as fortes correntes a levar o engodo não restava outra alternativa senão mudar novamente de spot.
Sem muitas mais opções voltei para o pesqueiro inicial, já a pescar com agua pela cintura ainda tirei 2 sargotes nos momentos finais da prova, o resultado final de 4 salemas, 4 sargotes, 2 tainhas e um bodião.
Não foi mau de todo mas fiquei com a sensação de que podia ter feito melhor, bastava ter mudado de pesqueiros nas horas certas, naquele momento em que pressentia que o peixe já não estava no pesqueiro, não devia ter insistido,  o resultado dessas mudanças tardias foi o que se viu, chegar aos spots sempre com uns minutos de delay(atraso), dar com o peixe mas já com poucas condições para lá pescar, fica a nota para as jornadas futuras.
Agora restava saber os resultados dos restantes pescadores, na chegada à pesagem deu logo para ver que também tinha sido fraquinho, com a exeção de uma bonita pesca de 2 robalos apanhados ao corrico, pelo Pedro Veloso.


Depois do magnifico almoço, confeccionado pelo Pedro, o novo chef de cozinha, bifinhos de vaca com cogumelos e natas, bem regados pela boa pinga do Oeste, era hora de saber dos resultados finais.
Em 1º lugar destacadamente com 14760pts  ficou o Pedro Veloso, que sabia que os robalos lá andavam e apostou e bem no corrico, 2 belos peixes um dos quais com 2,5kg, merece os parabéns pelos peixes e pela vitória.
Em 2º lugar ficou o Miguel Serra com 11720pts, um sério candidato à vitoria final, a fechar o pódio com 9190pts ficou o César Ribeiro.
Eu acabei no 4º lugar com 8645pts, que apesar de não ter ganho, consegui subir umas posições e já estou no top 3, com 8 pontos de desvantagem para o 1º lugar, ainda falta muito campeonato, mas este ano a coisa vai animada e a dar luta, vamos ver como correm as próximas jornadas.

A Pesca só assim faz sentido

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Este foi um fim de semana sem concursos de pesca, avizinhavam-se mais 2 semanas sem competições, mas como esta malta gosta tanto do convívio, tinha de realizar um treino para não perder a embalagem, da pesca e das valentes almoçaradas. 
Assim sendo acabamos por combinar uma pescaria às 3 pancadas, seguida de uma almoçara convívio na quintinha do Fausto, perto da Lourinhã.
Hoje não me vou alongar em relatos e descrições da jornada de pesca, quero apenas deixar mensagem e testemunho do verdadeiro significado da palavra PESCA, pelo menos na minha maneira de a ver.
Para muitos a palavra pesca, resume-se apenas a meras capturas, de muito peixe ou de alguns grandes exemplares, não é que não o seja, já que o objectivo principal é esse mesmo, capturar peixes. 
Mas para mim, pesca vai muito além desse mero acto isolado, pesca é sossego, é procurar alguma paz de espírito junto ao mar,  é desanuviar a cabeça, um escape para os problemas do dia a dia, pesca é  acima de tudo partilha, com os amigos do costume, mas também com pescadores desconhecidos, pesca é sinonimo de novas amizades, de almoçaradas e petiscos, de muito e bom convívio, daquele que não nos dá vontade de abandonar e voltar para a vida rotineira.
Mas nem tudo é um mar calmo e sereno, pesca é também, uma fonte geradora de discussão, de  discórdia. de conflitos, dentro e fora de casa, de ódios e invejas,  em alguns casos grandes amizades viram inimizades, a pesca cria dependência tipo a droga, faz-nos perder a noção dos limites, do tempo, das prioridades e responsabilidades que devemos ter.
Tudo isto faz parte da pesca, coisas boas, coisas menos boas, cabe a cada um saber gerir estas condicionantes e dar o seu sentido à palavra PESCA.
Passemos ao relato, divido a uma forte chuvada durante a noite na zona da Louirinhã, fomos obrigados a procurar aguas com boa cor mais a norte.




 Olha o banho!!!!




 Mais uma boa luta.



 O resultado final.
Acabamos todos por ir pescar para a zona da Papôa, em Peniche, a maior parte apostou na bóia, com sardinha para engodo e isca, o mar ajudou e os sargos andavam por lá, resumindo, foi uma manhã de pesca muito animada, bem molhada pelas ondas, com boas lutas e algum peixe perdido, eu deixei lá um sargalhão daqueles XL, praticamente morto, acabou por partir aos pés.


 O Martinho vai buscara cana, ainda há aqui uns peixes para apanhar!!!
 Elas não matam, mas moem ;)
Depois da pescaria já com o apetite bem aberto, a bela almoçarada no campo ao ar livre, pato com laranja no forno a lanha, tudo produto caseiro, bem regado como manda a lei, umas sobremesas caseiras e prova de licores, ginjas e afins, um dia de pesca quase perfeito, só faltou o Benfica ganhar ao Porto, he he he.
Grande abraço a todos e continuação de bons lances.

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No dia 17 de Maio realiza-se o 11º grande Convívio de Pesca da A.D.R.C da Bordinheira, um dos mais concorridos e conceituados da Zona Oeste, este ano esperamos mais de 200 pescadores.
Num dia em que a pesca é palavra de ordem, não vão faltar muitos e bons prémios, animação, grande camaradagem, muita e boa comida, na ementa a já tradicional matança de porco, tão típica da região Saloia, com sopa, cachola, porco assado no espeto entre muitos outros petiscos.
Convidamos todos a participar neste grande dia de pesca, para inscrições contactar o 261332200 ou 918204840, venham e tragam um amigo pois será certamente um dia muito bem passado, quem vem uma vez volta nos anos seguites, numa terra que gosta e sabe bem receber, cá vos esperamos.

Convívio Sport Clube do Bairro(Lagoa de Óbidos)

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Apesar de não poder estar presente, pois vou andar atarefado na preparação do grande Convívio de Pesca da Bordinheira que se realiza no fim de semana seguinte, partilho aqui no blog o cartaz, caso alguém queira participar.
Pelo que me comunicaram é um convívio engraçado e com muito bom ambiente, a zona de pesca, lagoa de Óbidos é uma zona de beleza natural ímpar, só por isso já valerá a pena.
No cartaz estão os contactos para inscrição, apareçam por lá.

O peixeiro passou cá por casa ;)

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Estava eu descansadamente em casa a usufruir de uma semana de férias, quando depois de almoço toca o telemóvel, atendo:
-Olha, olha o peixeiro César, conta coisas pá?
-Já acabei a venda e vou ao mar agora mesmo, fazer o final da tarde à bóia, queres vir?
-Não tenho carro disponível, nem engodo e isca preparada, para te fazer companhia.
-Não te preocupes pois tenho que chegue para os 2, posso passar por ai e dou-te boleia.
Não podia recusar o convite, com todas estas condicionantes e em poucos minutos tinha o peixeiro à porta de casa, para irmos fazer uns lances.
Com o mar com boas condições a escolha do spot ficou por conta do César, fomos para um dos seus pesqueiros de eleição, a Assenta.

Depois de engodar o pesqueiro cá atrás, passar quase a nado para a pedra, nada melhor para iniciar a pesca que um bom robalo a levar fio, depois de algumas arrancadas e boa luta coloco o 1º peixe a seco, continuamos a bom ritmo, com os sargos e algumas salemas a proporcionarem boas investidas, tivemos de reduzir a cadência e quantidade de engodo para tentar não atrair tanta salema.
Após 4 horas de labuta o resultado era bastante satisfatório, uma boa sargalhada, coisa rara por estas bandas ultimamente, parece que começam a dar sinal de querem encostar.

Final feliz!!!

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Este passado domingo deu à costa na praia do Navio, em Santa Cruz, um cachalote bebé, com a ajuda de algumas  pessoas que por lá estava, ajudaram e conseguiram salvar o animal, que foi levado para um centro de recuperação na Figueira da Foz.

Fotos: Jorge Costa Alves

Foi um final feliz, á quase 2 anos anos na praia Azul, a uns escassos 2km de Santa Cruz, se presenciou situação idêntica, mas com desfecho trágico, desta vez parece ter corrido bem.
Fica a constatação, do facto destes acontecimentos começarem a ser recorrentes, sinal que algo vai mal no ciclo destes animais.

Treinando para o grande convívio

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Pois bem pessoal, o tempo não tem sido muito para as pescas nem para o blog, alguma agitação laboral, e também o ultimar dos afazeres, para o grande convívio anual de Pesca na Bordinheira, que se vai realizar este domingo, tem roubado algum tempo para a actividade.
Claro que fui matar o vicio nestes 2 últimos fins de semana, os relatos vão ser feitos ao ritmo com que a minha vida está neste momento, em passo acelerado e sem grande pormenor.
A 1ª pescaria foi realizada à praticamente 15 dias, numa noite em que ia apostar forte no spinning sozinho, a embriagem do carrete pregou-me uma partida logo no inicio da pesca, moeu o parafuso fazendo com que ficasse completamente e permanentemente desembriado não dando para pescar. Mudança de planos, como levava o material de bóia e algum engodo, para fazer uns lances depois do amanhecer, lá fui tentar apanhar uns peixes no molhe da Ericeira, a pescar virado para norte, mesmo ao canto da praia do Algodio lá consegui enganar 4 sargos e uns carapaus bem grandes, não foi mau.

Este passado domingo, recebi um convite de um colega, para ir fazer uma pescaria de bóia no litoral Sintrense, e lá fomos, a pescaria foi realizada na Ribeira da Mata, pesqueiro que desconhecia, bem complicado por sinal e que não faz muito o meu estilo. 
Pesqueiro fundo com muita pedra e nem um bago de areia onde por os pés, ideal para mar manso, coisa que não estava, volta e meia formava vagas bem grandes, que não nos deixavam pescar descansados e em segurança, ainda levei uma porrada de uma onda que me fez desequilibrar caindo da pedra, felizmente não me aleijei.
Ao romper do dia já lá estávamos, para aproveitar as 2 ultimas horas de enchente, com uma pesca mais forte que o normal, bóia de 6grs e fio 0,20mm, pesqueiro engodado, bem engodado, até demais, que este meu colega só esta bém a mandar engodo em barda ;) 
Lá começamos a sentir os primeiros toques, eu tiro uma baila e ele nada, depois tiro mais um sargo e ele nada, lá ferra 2 peixes mas ambos partiram.
Depois apareceram as salemas, lá está o bem engodado demais que vos falo, grandes burras a darem uma luta brutal, todas devolvidas ao mar, eu fartava de lhe dizer para por menos engodo, mas o sacana não aguenta sem mandar umas colheradas.
Ele finalmente começava a acertar com as ferragens e tirava o seu 1º peixe, uma tainha, eu lá ia tirando um sargo quando falhava o engodo, ele só tainhas e salemas, nisto ferro um bom peixe, uma arrancada bem forte mar dentro, uma pausa, fizeram-me pensar logo num bom robalo, nova arrancada mas desta feita para terra, nada podia fazer tentei segurar mas não dava, foi até partir o fio certamente por roçar na pedra, desiludido por perder o peixe, nem sequer o consegui ver, mas robalo não era, fica a duvida.
Já com a maré a virar lá ia tirando mais um sargo e safia de vez em quando, o meu colega continuava a fazer a limpeza do pesqueiro, salemas e tainhas era com ele he he he....após apanhadas iam sendo devolvidas
 Estava fulo, só dizia que eu era bruxo, que o agoirava, por isso não apanhava peixe de qualidade, só apanhava peixe reles, 
Mais para o final da pescaria, já com o mar mais forte e a levantar muita areia do fundo, ferro novamente um bom peixe, comportamento igual ao do outro peixe grande, nada consegui fazer dele e acabou por partir de semelhante maneira. 
Também não consegui ver o que era, mas quase de certeza que eram douradas, o pesqueiro estava propicio para elas, pois o fundo estava bastante areado com areais novas, era hora de ir procurar o almoço e demos por terminada a pescaria, eu ainda safei uns peixes ele não conseguiu trazer peixe para casa, à dias assim!!! 
Agora é esperar por este domingo, para ver como corre o Grande Convívio de Pesca da Bordinheira, aproveito ainda para vos convidar a participar nesta grande festa, vem juntar-te aos 200 pescadores esperados, passar um dia bem agradável com muita e boa comida, aqui fica o cartaz com os contactos e horarios, alguma duvida é só entrar em contacto comigo por email que esclareço.
Abraços e bons lances

Concurso de Pesca Clube Recreativo Amieirense Marinha Grande (Leiria)

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Para mudar de ares, vou a este convívio da Amierinha, na Marinha Grande, a zona de pesca é completamente desconhecida para mim e vou à aventura, o convite foi-me feito pelo grupo de pescadores deste clube, tudo malta 5 estrelas, aproveito para divulgar o evento.
Publicarei depois o relato desta aventura.
Abraços e bons lances a todos.

Nuestro hermano Juan Antonio Nanclares

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Pois bem caros leitores após digerir bem todos os acontecimentos do fim de semana passado(15 a 17 de maio), agora que tenho alguma disponibilidade, vou relatar hoje uma das historias relacionadas com a pesca, por mim vivida, que ficará gravava na minha memória para sempre.
Como bem sabem sou um pescador sem segredos, gosto de partilhar tudo o que sei a outros pescadores sem receios, nos meus relatos conto tudo, pesqueiros, iscas, horas de maior actividade, etc....., gosto de demonstrar o desenrolar de toda a jornada piscatória e não só a parte final em que contabilizamos os resultados, pois para mim a pesca é muito mais que apanhar peixe como já o referi noutras ocasiões.
Por ser um livro aberto, recebo alguns convites de pescadores que querem vir partilhar uma jornada de pesca comigo, aceito prontamente desde que tenha disponibilidade para tal.
À coisa de um ano e tal, recebi um email do Juan Antonio Nanclares, um dos meus desconhecidos seguidores do blog,  veterano pescador espanhol de bóia(pião), de San Sebastian, País Basco, queria combinar umas pescarias em Portugal comigo, pois identificava-se com o tipo de pesca que faço, com a minha historia de vida na pesca, no mail escreveu o seguinte:
  «Un gran saludo sufridor,soy juan antonio,gran y viejo aficionado a pesca a boya,te sigo tus andanzas por estas costa y me gustan mucho, me gustaria pasar unos dias de pesca por esa zona, no la conozco, te pregunto si hay posibilidad de encontrarnos e intercambiar nuestras experiencias y tecnicas de pesca,para sria un honor pescar contigo y conocerte,espero tu respuesta y buenos dias y buena pesca.»
 Eu prontamente aceitei e lhe disse que poderíamos combinar algo, coisa que não chegou a  acontecer  logo na altura, por motivos de grave doença do Juan.
Após quase um ano sem troca de mails, voltou a contactar-me, de momento estava a viver em Genebra, na Suiça, como já estava melhor de saúde gostaria de cá vir passar uns dias, conhecer-me, pescar e partilhar conhecimentos, prontamente aceitei e disse que sim, no email, escrito já noite dentro, referi que uma boa altura seria o fim de semana do grande convívio de pesca da Bordinheira, pois ia gostar do convívio e toda a sua envolvência.
Na manhã seguinte vou ao mail e já tinha a resposta:
 «Hola, como estas?
 Por tu informacion yo llego a Lisboa, dia 15 Maio a las 7h55 - procedente de Ginebra, easyjet., retorno el lunes dia 18 a las 13h, tengo los billetes.
Te tengo que preguntar que zona o sitio es por ti mejor, para que yo coja un hotel, en Torres o fuera de la ciudad ,  a donde ?
Un gran saludo, Juan»

Pensei cá para mim, não pode, ainda ontem mandei o mail e poucas horas depois já comprou os bilhetes, grande maluco este homem, fiquei curioso e fui pesquisar algo mais na net sobre esta personagem.
Juan Antonio Nanclares, participou em competições, escreveu para revistas de pesca durante alguns anos e realizou alguns videos para o canal Caça e Pesca, é um grande especialista na pesca ao sargo em torno de San Sebastian, e até mesmo na própria cidade, foi várias vezes campeão de Euskadi no tipo de pesca á bóia de pião, como vêm neste video  Pesca de Sargos em Bermeo, Espanha
Após a confirmação da sua chegada, lá combinamos as coisas, não ia ser fácil pois tenha conjugar a vida laboral, familiar e tinha também de ajudar na organização da prova, ia ser uma grande correria, mas tinha o dever de receber bem, acompanhar o Juan o melhor possível desde a sua chegada até à sua partida, garantindo que deixava Portugal satisfeito com a experiência. 
Chegava o dia de conhecer este grande pescador, e trocar a língua portuguesa pelo espanholes ou francês, ia ser bonito ia he he he.
Tirei a sexta de férias, o meu pai por coincidência também estava de férias e fomos buscar o Juan ao aeroporto de Lisboa , aquele misto emoção e curiosidade estava perto de acabar, eu levava uma folha com o nome dele, típico de quem vai buscar alguém que não conhece ao aeroporto, hora combinada lá veio ele ter connosco.
O primeiro impacto não foi o esperado, da maneira como estava bem vestido, apenas com uma pequena mala de mão, muito bem educado e simpático, não se parecia nada com um pescador he he he.
A caminho de Torres Vedras, lá travamos os primeiros diálogos, a conversa fluía normalmente, logicamente a primeira impressão caia por terra, Juan revelava-se um verdadeiro pescador, conhecedor destas andanças, pessoa muito culta e simpática deixando-nos completamente à vontade.
O programa para este primeiro dia era descarregar as malas no hotel, mostrar a cidade, realizar uma visita pela orla costeira do Oeste e tratar de prepara os engodos, iscas e materiais para a pesca e provar algumas das iguarias gastronómicas típicas.
Para começar bem, como manda a tradição do bom português, nada se faz sem comer primeiro, lá fomos comer uns típicos pasteis de feijão numa das mais antigas pastelaria da cidade, Pastelaria Brasão, para depois começar o trabalho.


Uma rápida visita pelo magnifico mercado municipal da cidade, para ver iscos, eu sou suspeito para o afirmar, mas do que já vi em Portugal, este é um dos melhores no que toca a qualidade de produtos, um dos mais bem organizados do pais, vale a pena visitar, espaço muito agradável, aqui pode encontrar preço, qualidade, produtos tradicionais.

Depois desta rápida visita, fomos ver o mar, desde Porto Novo até à Praia Azul, muito vento, mar muito escangalhado, e mexido, deixava poucas perspectivas a para grandes pescarias, mas havia que tratar dos engodos para 2 dias de pesca.
Depois de uma breve passagem pela Bordinheira, para dar a conhecer o clube e algum pessoal que por lá se encontrava, fomos comprar algum material em falta, anzóis maiores e de argola 1/0, pois não utilizo deste tipo, batentes para peão e destorcedores, o resto tinha lá por casa e chegava para desenrascar o Juan.
Depois de uma valente almoçarada, mãos à obra, fazer uma lata de engodo, bem grossa e pastosa à moda do Juan, com alguns segredos especiais, tais como acrescentar pão ralado, estava feito, colocar no congelador, para não fermentar, tudo preparado para ir realizar uma pescaria na manhã seguinte, e muita curiosidade para ver como corria.

Mas o dia ainda estava longe de ter terminado, faltava uma animada jantarada entre pescadores noite fora, havia que mostrar ao Juan a boa gastronomia do pais, um bom bacalhau, e umas belas espetadas de carne, com um bom vinho do Oeste para acompanhar, depois de uma grande noite, com as baterias carregadas, era hora de descansar para o dia seguinte ir ao mar.
Amigos eu sei que não devia ter pescado no sábado antes da prova, pois é proibido, mas nesta ocasião tive de infringir os regulamentos, o homem estava cá para pescar e tinha de aproveitar o pouco tempo que cá estava para o fazer, assim por volta das 9 horas estava a apanhar o Juan no hotel, fomos procurar pesqueiro fora da zona da prova de domingo, com a maré quase cheia, e algum vento, não foi fácil arranjar local para pescar, São Lourenço, do lado Sul da praia foi o que mais agradou ao Juan e ai apostamos.
Depois de ele preparar o pesqueiro e material à sua maneira, eu fiquei a apreciar e ver como tudo se fazia, quando chegou à parte da isca, camarão inteiro com casca, colocado num anzol 1/0 com empate 0,35mm, pensei logo, em Espanha só pode haver muitos sargos, e dos grandes, disse-lhe logo, assim não vais apanhar nada, pelo menos tens de descascar o camarão, os sargos portugueses são mais finos e calões, temos de lhes dar a comidinha na boca e mesmo assim às vezes não querem he he he.






Bom depois de ele começar a pescar, fui eu montar a minha cana, com a tradicional montagem que costumo fazer, com fio 0,18mm, apenas alterei a bóia para uma maior, 10grs e um anzol um pouco maior do que costume.
Por ali estivemos umas 3 horas a pescar, ele sempre no mesmo ponto, eu não aguentei e fui uns metros ora à direita, ora à esquerda, mas o resultado não foi positivo, sargos nem vê-los, o Juan ficou em branco e eu apenas consegui apanhar uma salema.

Como estava na hora de almoço, arrumamos as tralhas e fomos procurar almoço, o Juan como tinha ficado fã de bacalhau, pediu-me para pararmos num restaurante para comer novamente, como existem mil e uma maneiras de comer bacalhau, desta vez foi à lagareiro.
Eu estava contente, mas o Juan irradiava alegria, e dizia que estava a adorar tudo, para um homem de 68 anos que pasou pelo que ele já passou, estes acontecimentos faziam voltar a trás no tempo e sentir-se mais novo, faziam relembrar da sua juventude e de quando começou a pescar com seu pai, afirmava que gostava imenso de ler os meus relatos do blog, que a minha historia de vida na pesca é muito semelhante à sua, que lhe trás muitas e boas memórias, tal como eu costumo dizer, pescar não é um simples acto de apanhar peixe, é a fusão de tudo, pçreparativos, pesca mas acima de tudo os sentimentos e emoções que dai vem, antes, durante e depois da pesca, o todo é a verdadeira essência.
O dia chegava ao fim para Juan, tinha de descansar e comprar presentes para levar para a Suiça, para a sua esposa Mikaela.
Quero agradecer-lhe Mikaela, pelo magnifico presente de aniversário que ofereceu ao Juan, pois é leitores à esposas assim, esta senhora ofereceu uma viagem ao marido a Portugal durante 4 dias, para ele vir pescar com uns desconhecidos, espero que tenha superados as expectativas e que no mínimo, ele tenha chegado ai uns 20 anos mais novo, obrigado por esta oportunidade de conhecer um grande homem e pescador.  
Se para o Juan o dia terminava, para mim o dia estava longe do fim, durante a tarde, tinha de ir para a sede da Bordinheira ajudar na organização do convívio, tratar da parte das inscrições até altas horas da noite, por acaso com a ajudada de outros camaradas correu bem mais rápido que nos anos anteriores e à meia noite estava despachado, dando tempo para ir umas horinhas com a minha esposa à festa anual de minha terra Ponte do Rol, beber uns canecos com os amigos e dar um pezinho de dança, grande festa, para quem não conhece vale a pena vir até cá um dia.
Foto by: Banda Xeques Orquestra

Como este relato já vai longo e a historia ainda vai a meio, vou parar por agora a contarei todo o resto da história no relato seguinte.
Assim sendo companheiros, não percam as cenas do próximo capitulo brevemente.

O dia D.....

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Bom tinha para o relato na parte da festa da Ponte do Rol, já eram perto das 4 da manhã de domingo, saio da festa vou até casa para dormitar uma horita.
Mas não estava bem, a cabeça a pensar na pesca, tinha de montar 2 canas para aproveitar ao máximo as 3 horas iniciais da pesca, que seriam quanto a mim as melhores e mais produtivas, ia fazer uma directa, sem dormir um minuto que fosse.
Voltei a casa do meu pai, vesti a farda de pesca, mala às costas e as 2 canas na mão, deixo um recado na mesa da cozinha, «Já levei as coisas, apenas tens de levar o engodo e isco que está no quintal, o resto tenho comigo», O engodo já tinha sido tirado para a pescaria de sábado, como não foi utilizado, já estava mais que descongelado, o isco era sardinha que também já tinha sido descongelada para a mesma pesca e tinha voltado para o congelador.
Tinha ficado tudo combinado, o meu pai apanhar o Juan no hotel, pois eu teria de estar no clube para receber os participantes, tratar das inscrições e receber pagamentos, 2kms a pé até à Bordinheira, por volta das 5 da manhã estava lá, sem material preparado, tinha de o fazer antes de começar a chegarem os primeiros participantes.
Como de costume preparei 2 canas, uma com fio mais grosso, 0,18mm e bóia de 7grs, e outra com fio mais fino, 0,16mm e bóia de 3grs, entretanto chega o pessoal responsável pelo pão e começam a acender os fornos, como podem ver isto de organizar convívios dá muito trabalho e só com uma grande equipa de trabalho se chega a bom porto.
Os primeiros participantes começavam a chegar, inscrições de ultima hora e a azafama do costume, despachar papeladas e pagamentos de quase 230 pescadores é obra, mas com uma boa equipa tudo se resolveu.
Não houve tempo para conversas matinais e prognósticos como tanto gosto.
Faltou tempo para receber alguns dos pescadores como deve ser, principalmente aqueles que convidei, que pela 1ª vez participavam num convívio destes e não sabiam muito bem como funcionava, para eles um pedido de desculpas.
Tudo a postos para o sorteio, começavam a sair os primeiros pescadores para o mar, eu fui quase dos últimos a sair, mas sem stress, para mim tudo o que se tinha passado até agora já era uma vitória, superamos largamente a faixa dos 200 pescadores, foram precisamente 228, tinha como companheiro de pesca e adversário(he he he...), um pescador que veio de propositadamente da Suiça para pescar e conviver connosco, tudo isto já era uma vitória, a juntar a isto muitos outros pescadores que vieram através do conhecimento e divulgação que faço no blog, a quem agradeço muito.
Finalmente lá arrancamos para o pesqueiro, eu o meu pai e o Juan, pensando no tipo de pesca ao pião do Juan, optei por descer na Ursa, de modo a que tivesse a pescar em cima de uma pedra alta em segurança, com alguma fundura de agua onde pudesse pescar sem molhar os pés e quem sabe matar algum peixe.
Foto: José Caetano
Chegados à descida para o spot, estava lá o companheiro António Mesquita Guimarães com a sua companheira, tinha dado com o pesqueiro que lhe aconselhara, estavam também muitos mais carros de pescadores que já tinham descido, calmamente preparamos a descida, para o Juan não foi fácil, a idade não perdoa, mas lá chegamos a baixo, o pesqueiro estava lotado e um pouco areado para o meu gosto, perguntei ao Juan se ele se importava que o deixa-se ali e fosse procurar um canto mais sossegado, ele como competidor disse animadamente, «Hoy no nos conocemos», posto isto lá fui eu.
Mirando a norte, olho para Porto Chão e não via quase pescadores, pensei é mesmo para lá que vou, desço a pedra da Ursa, onde estava o António Guimarães um pouco desorientado, não conhecia a zona, troquei mais umas impressões e tentei ajudar como sempre faço.
Depois disto fui andado,  cheguei ao pesqueiro, já alguns estavam a pescar, preparo o engodo, uns filetes de sardinha na caixa à cintura, optei pela pesca mais fina, cana com fio 0,16mm e bóia de 3 grs, com tudo a postos vou para a Pedra do Saltadouro, pesqueiro que sei como funciona bem com o mar que estava.
Depois de engodar bem, comecei a pescar, depressa os sargos deram sinal, muito peixe miúdo a desiscar, alguns ferrados e devolvidos, volta e meia lá vinha um com medida para o saco, o peixe estava bem manhoso, o vento soprava da terra com alguma intensidade, quando assim é por norma os peixes ficam manhosos e comem mal.
Com a maré a virar lá continuei na mesma toada, nada de extraordinário, mas lá ia caindo um ou outro peixe com mediada, algumas tainhas, e mais uns sargotes, já com o mar a sacudir-me de cima da pedra, ferro um bom sargo que após umas arrancadas acabou no saco, novo lance e mais um idêntico, desta feita desferrou, não dava mais para lá estar e fui mesmo obrigado a recuar.
Já com a pesca bem encaminhada com 12 peixes na lata, o animo estava em altas, pois contava fazer mais uns 2 ou 3 peixes no pesqueiro atrás do 1º, mas incrivelmente nem um toque senti, nova mudança de pesqueiro, e mais uma vez sem resultados.
Como não sou de desistir, fui em busca de algum peixe mais a norte, por trás do Penedo do Zé Russo, perto do meu pai, a pescaria aproximava-se do final e com pouco mais de uma hora para pescar lá consegui ainda matar mais 4 peixes, uma tainha e 3 sargos.
Como estava longe do carro, deixei de pescar 20 minutos antes do final, e pus-me a caminho, satisfeito com a pescaria, no total tinha 16 peixes, 5 tainhas e 11 sargos, quando cheguei ao carro lá estava o Juan, olhou para a pesca e disse que era para ganhar, ao pé dele apenas tinham saído 2 ou 3 peixes eu achava insuficiente.
O meu pai e o Juan não conseguiram safar a grade e ficaram a zeros, não podia deixar de tirar algumas conclusões sobre o tipo de pesca do Juan, aqui não resulta, pelo menos daquela maneira, cada zona tem as suas características e maneiras diferentes de pescar, a maneira que pesco aqui não se aplica noutros pontos do pais, ao longo de algumas pescarias que realizei fora desta zona já tirei essas conclusões.

Agora era seguir para a sede da Bordinheira, entregar o peixe e saber dos resultados dos outros pescadores, com o tempo a passar, não se vislumbrava grandes sacadas de peixe o que me deixava com boas hipóteses de ganhar.
Depois da pesagem feita era hora de saciar a fome, todos bem instalados, com o estômago já forrardo com as entradas, ainda veio uma sopinha, um serrabulho e o porco no espeto, para terminar uma panóplia de doces e frutas, um café e um digestivo acompanhado de uns dedos de conversa com alguns dos participantes.

De volta ao trabalho, pois ainda faltava a entrega de prémios e sorteio das rifas, nesta altura eram afixadas as classificações, confirmava-se, o Juan tinha razão, acabei por ganhar, totalizando 10960pts, tendo capturado 16 peixes, mas apenas 12 pesaram, ganhei também o prémio do maior numero de exemplares.

Em 2º lugar ficou o Mário Alves, do Independente com 9700pts, a fechar o pódio ficou o David Alexandre, do Gap Magoito, com 7070pts, para eles os meus parabéns.

Nas senhoras a vitória sorriu à Cátia Andreia com 540pts, já nos júniores o Duarte Franco, foi o único que apanhou peixe e ganhou com 410pts.

Por clubes ganhou o Gap Magoito e por equipas o Independente saiu vencedor.

O maior exemplar foi um robalo com 1,705kg capturado pelo Tiago Antunes.
A festa continuou noite fora, o Benfica sagrou-se campeão, ajudando a animar a maior parte dos participantes, eu não podia estar mais contente, não só pela vitória do Benfica, nem tanto pela minha, mas acima de tudo pelo sorriso e alegria do Juan, completamente à vontade, parecia que esta era a sua casa, plenamente integrado, isto sim é muito mais que uma vitória, veio da Suiça até cá, nem um peixe apanhou durante toda a sua estadia, mas obviamente que não podia sair de Portugal de mãos a abanar, sem duvidas que estava mais que satisfeito com tudo, valeu a pena ter vindo, o sorriso não engana.

Quero deixar uma nota de agradecimento, para todos os que tornaram este convívio num sucesso, todos os participantes, todos os patrocinadores, mas acima de tudo a esta excelente equipa de trabalho que apoia a secção de pesca da Bordinheira e faz de tudo para que não falte nada, e que no final todos saiam satisfeitos, com vontade de voltar para o ano, na companhia de mais um colega.
Depois de todos os participantes terem ido embora, o meu anfitrião, que adorou a comida portuguesa, fez questão de irmos jantar ao restaurante(como se eu tivesse fome), queria comer mais uma dose de bacalhau he he he.
Lá fomos, foi um jantar de família, o Juan assim fez questão, tinha lembranças para toda a família, chocolates suíços, em especial para o Franco Júnior fardamento para a pesca, foi uma despedida em grande.

Na 2ª feira o Juan partiu para a Suiça, tinha voo marcado às 11 da manhã, eu tive de ir trabalhar e não o pude deixar no aeroporto, mas um colega encarregou-se de o fazer por mim, às 9 da manhã estava à porta do hotel para o apanhar, depois de entrar no carro, sabem o que disse?
- César onde podemos comer Bacalhau ou um polvinho?
- A esta hora em lado nenhum!!! respondeu o César.
He He He.....
Obrigado por tudo Juan, e Mikaela também, grande momento, grande historia de vida, dificilmente vou esquecer, agora sentado no sofá, porque ainda não acabaram, a cada pedaço de chocolate que como, ainda desfruto deste magnifico fim de semana, mas quando acabarem cada vez que comer um chocolate virá à memoria esta jornada épica.  
Esta assim concluída esta jornada, com um relato enorme, mas a situação assim o pedia, este domingo à mais pesca, espero que haja muito para contar, posso dizer que vou andar por mares desconhecidos, vou ao convívio da Amieirinha, Marinha Grande, depois conto tudo.
Abraços e Bons Lances.

Pensamento do dia

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Palavras sábias, sempre a ter em conta!!!

Eu, o Bob Marley e restante equipa por mares desconhecidos

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Neste passado domingo, como tinha anunciado, fui ao Convívio de pesca do Clube Recreativo da Amieirense, na Marinha Grande.
Para mim foi um alargar de horizontes, pois fui pescar em zona completamente desconhecida.
Uns dias antes da prova, fiz uma pesquisa no Google Earth para ver a zona de pesca, o resultado não era animador, muita praia, pouca pedra, o que para o meu tipo de pesca não é motivador, mas o gosto pela descoberta e incerteza de que resultados, faziam criar algumas expectativas.
Como neste domingo existiam vários convívios, a equipa da Bordinheira, teve que se dividir, de modo a estar presente em todas as frentes.
Eu, o meu pai, o César, e o Pedro Saruco(Bob Marley) optamos pela aventura e fizemos questão de vir até à Marinha Grande, um convite especial dos pescadores desta Colectividade, a quem desde já agradeço todo o apoio dado, tanto na forma como nos receberam, bem como na ajuda para escolha do pesqueiro.
Bem cedo, por volta das 4 e meia, combinamos o ponto de encontro em Torres Vedras, à hora marcada faltava apenas eu, ainda estava a dormir LOL...... O cansaço acumulado está-me a por de rastos!!!
Toca o telefone, era o César:
- Então pá, sabes a que horas combinamos?
- Sim, ás 4 e meia!!
- Sabes que horas são?
- Sim, são 4 e meia agora....
-Vê se te despachas que já aqui estamos todos.

Em passo de corrida, visto o fato, saio de casa sem tomar pequeno almoço, semi-descalço coloco as tralhas no carro e em 10 minutos estava no ponto de encontro, uma péssima maneira de começar o dia, não?
Toda a malta reunida, lá arrancamos à aventura, pelo caminho, bem animados, fazíamos os prognósticos da pescaria, grandes planos, o animo estava nos píncaros.

Bem cedo chegamos ao local da concentração, fomos os primeiros inclusive, depois de uns telefonemas para a malta da organização, fomos ver com eles alguns dos possíveis pesqueiros.
O animo caiu assim que vimos o mar, aguas barrentas, pouca pedra, sem muitos pesqueiros onde pescar à bóia, faziam prever uma jornada complicada e penosa.
Depois do sorteio, tentamos procurar zonas mais rochosas, e com melhores cores da agua, ignorando as indicações dos nossos colegas, fomos espreitar perto do farol de São Pedro de Moel, viagem em vão, as aguas estavam piores ainda, cor de barro mesmo, meia volta e acabamos por ir para o pesqueiro da Polvoeira, indicado pela malta da Amieirinha.
Eles já  lá se encontravam a preparar o material, zona completamente lotada, essencialmente por malta do sufcasting, material todo montado e engodo feito, era hora de iniciar a faina, quase que fomos obrigados a pescar em cima da malta da Amieirinha, mas sem stress, tudo malta boa.


A maré estava vazia, era aproveitar as primeiras horas de pesca em cima do lagedo, antes que o mar corresse com a malta para a areia, após umas 2 horas, nem um único toque de peixe, quando assim é dá tempo para tirar umas fotos ao pessoal em acção de pesca he he he....



A maré já enchia e finalmente via sair um peixe, uma tainha, pelo menos já animava alguma coisa, lá continuamos a insistir e lá conseguia safar a grade com uma tainha, já com o mar a sacudir a malta para a praia ainda tirei uma boga.


Já na praia foi a penar até ao fim, muita corrente lateral, poucas condições e apesar do muito engodo lançado, nem mais um peixe saiu.



O saldo não era animador, com 2 míseros peixes, o resto da equipa ficou em branco, valeu pela experiência e abertura de conhecimentos, deu para ver que ainda à zonas com menos peixe que a minha.
Depois da pesca feita, era hora de entregar o pescado na sede da colectividade, à chegada confirmava-se que foi dia de muito pouco peixe, em 140 pescadores, apenas 40 safaram a grade, quase tudo com um peixito, na maioria robalinhos ou bailas, vendo bem a coisa até que não correu assim tão mal.

Depois de um duche tomado, chagava a hora do repasto, umas entradas, seguidas de uma magnifica sopa da pedra, que fiz questão de repetir, para terminar um fraguinho assado e respectiva sobremesa, tudo muito bem servido.
Restava saber as classificações e entregar os prémios, em 1º lugar ficou Lelo Venâncio, capturou salvo erro 3 bailas, maior nº de exemplares da prova, totalizo 2460pts, para ele os merecidos parabéns.
Em 2º ficou Jorge Jesus Filho com 2175pts, e a fechar o pódio a senhora Alexandra Batista com 2070pts, eu acabei num modesto e sofrido 32º lugar.
Foi um dia bem diferente, numa zona bem desconhecida, onde não é fácil fazer o meu tipo de pesca, gostei bastante, certamente vou voltar.
Quero ainda agradecer a maneira como fomos bem recebidos e tratados, quero dar os parabéns ao clube Amieirense, pela magnifico trabalho realizado, muito bom convívio.
 





Inquérito duvidoso!!??

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Tal como eu, todos os detentores de licença de pesca, já devem ter recebido um SMS da DGRM para responder ao Inquérito da Pesca Lúdica de Mar.
Atenção, pois devem ter alguma na manga para nós, coisa boa não deve ser!!!
Ainda assim acho que devem participar e mostrar pelo menos alguma insatisfação do que vai mal na pesca lúdica e desportiva, na parte final do inquérito existe um campo para isso, dêem a vossa opinião e apertem com eles.

Aqui fica o link para lá irem dar o vosso parecer -     Inquérito DGRM 

Quanto às restantes questões, respondam com consciência, astucia e inteligência, de maneira a não piorar mais o que já vai mal.

Fraquinho, mas nem sempre a pesca corre bem

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No dia 8 de Maio realizou-se o convívio de pesca da APE CA CO no litoral Sintrense, eu não era para estar presente para estar mais tempo com a família, mas à ultima hora decidi lá ir, por 2 motivos, gosto da zona de pesca e como ia pescar na mesma mesmo que não fosse ao convívio, porque não ir lá fazer a pescaria e arrancar depois para casa sem ir ao almoço e entrega dos prémios. 
O pesqueiro escolhido foi a Aguda, com muito boas condições, mar mexidinho, tempo encoberto, boa cor de agua, a fezada em apanhar uns sargos era muita.
A pesca do costume, à bóia, a engodar com sardinha, e iscar com sardinha, lá andei a tentar procurar os ditos sargos, com o passar do tempo o animo esmorecia pois o peixe não apareceu como previa, com muito custo lá foi saindo um ou outro peixe.
As coisas neste dia não estavam a correr nada bem, pescas a enrolar, peixe a desferrar, daqueles dias em que pensamos que em casa estava melhor, já que não era para vir mesmo.
Apenas com 4 sargos e uma tainha, cabei por abandonar a prova um pouco mais cedo, para poder almoçar com a família, deixei o peixe com o meu pai, para ele entregar e fiz-me ao caminho.
A prova foi ganha por Luís Alves do clube Gap Magoito, um conhecedores da zona, que quando aparece nas provas não dá hipótese a ninguém, com a sua técnica de pesca ao pião, nos pesqueiros secretos, com isca milagrosa e pelo que se fala sem engodos, é sempre para ganhar com larga vantagem relativamente ao outros classificados, desta vez com mais de 10 kgs de sargos totalizou 40850 pts, pare ele os meus parabéns.
Em 2º lugar ficou Guilherme Serrario  do Paço D`arcos, com 22350pts e a fechar o pódio ficou Bruno Alves também do Paço D`arcos com 22200pts.

Por clubes e equipas ganhou o Gap Magoito, nas senhoras a vitória sorriu a Vera Martins do Carrascalense e  nos juniores venceu o Edgar, da Casa do Povo de Mafra.
Eu acabei por ficar em 30º lugar com 5600pts, nada que envergonhe um pescador, mas muito aquém das expectativas, agora que venham mais dias de pesca, se possível com mais capturas ;)

Starlight ao fundo, novidade para o Júnior

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Esta foi uma jornada à muito esperada pelo meu júnior, uma pescaria nocturna aos carapaus. 
O desconhecido e a curiosidade aguçavam-lhe o apetite, a novidade de estar na escuridão da noite a olhar para o starlight, este desaparecer na agua afundado pelo puxar de um peixe, animavam o pequeno pescador.
Pelas previsões do Windguru a sexta feira passada, seria um dia de mar bem calmo, com pouco vento, perfeito para este tipo de pesca, tinha ficado a promessa de pesca nesse dia e ele não se esqueceu.
 O dia prometido para a pescaria, coincidiu com o ultimo dia de aulas, depois da festa de final de ano, foi chegar a casa, jantar a correr e ir par o mar que se fazia tarde, é que isto da pesca ao carapau tem muito que se diga, convém ir cedo para tentar apanhar um lugar sossegado nos pesqueiros de eleição, pelo menos na minha zona são poucos, o que faz com que por vezes se aglomerem 30 ou 40 pescadores em poucos metros.
O pesqueiro ideal para ele era Pedra que Bole, na praia Formosa em Santa Cruz, por vários motivos, estaríamos em segurança, com alguma luz para facilitar a ambientação do Júnior à pesca nocturna, mas acima de tudo, porque à partida estaríamos lá sozinhos.
Não é que eu tenha problemas em pescar no meio da multidão, mas não é a coisa que mais gosto, uma vez que era ele que ia pescar, o mais certo era embrulhar a pesca com meio mundo, assim ali estaríamos descasados sem chatear ou estorvar outros pescadores.
Arrancamos para o mar por volta das 10 da noite, apanhar o tal pesqueiro era quase uma miragem, mas ainda assim passamos por lá para ver, quando lá chegamos, o espanto, nem um único pescador na praia Formosa, era mau sinal, apenas na Pedra que Bole se via um vulto de um pescador, a noite não estava muito quente, com algum vento fresco de norte nada agradável, arriscamos na mesma em ficar por ali.
Descemos e fomos em busca de um bom local, mas o melhor spot era mesmo em cima da tal pedra, assim fui lá ver se conhecia o tal pescador que lá estava, para lá pescarmos a seu lado. 
Não o conhecia, ainda assim perguntei delicadamente se podíamos pescar ali com ele, expliquei-lhe as razões de irmos para ali, uma vez que os outros lugares estavam vazios, não era por mim, pois nem ia pescar, era mesmo para o miúdo estar em segurança e conseguir pescar em condições, uma vez que estávamos de costas para o vento e com a agua por baixo dos nossos pés.
Foi boa pessoa, sem problema nenhum disse que estávamos à vontade, na altura ainda não estava à pesca, estava a montar a cana, uns dedos de conversa e estava feita mais uma amizade.
Chegava a nossa vez de montar a cana, fio 0,18mm, bóia de 4grs com o respectivo starligth na ponta, uns lombinhos de sardinha para isca, preparo um balde de engodo, a maré já subia à umas 3 horas, já com baste agua no pesqueiro lá demos inicio à jornada.
Cedo deu para ver que a coisa ia animar, bóia a afundar e o primeiro carapau da noite estava na lata, a alegria habitual nos olhos dele dizia tudo, era o seu primeiro carapau, a animação continuou com alguns a desferrar na subida, mas os carapaus foram saindo.

A noite ia avançando, o frio apoderava-se do petiz, mesmo bem agasalhado, começava a bater o dente, não tinha trazido mais roupa, só tinha uma solução, tirar a minha camisola para lha vestir, ficando em t shirt, foi exactamente o que fiz, que pai não o faria?
Atitude protectora de pai, lembro-me bem de atitudes destas que o meu pai teve para comigo, os miúdos não se esquecem destes actos heróicos de afecto, assim como eu ainda não me esqueci.
Já mais agasalhado e quentinho, lá continuamos animadamente a encher a lata, impressionante a resistência dele.
Por volta das 2 da manhã, dávamos por terminada a pescaria com a lata praticamente cheia, foram 36 carapaus e uma grande e inesperada tainha.
Saiamos bastante satisfeitos com a pescaria e resultado, com peixe fresco para o almoço e com a promessa de nova investida, assim que as condições estiverem reunidas, lá voltaremos a fazer mais uma carapauzada.
Assim que entrou no carro para voltar para casa, o cansaço do longo dia, faz-se sentir, em poucos minutos estava a dormir como um anjinho, he he he
Este foi mais um dia de pesca com o orgulho da minha vida, agora que está de férias, certamente vai ter mais oportunidades para fazer o que tanto gosta, PESCAR.

Aqui está o spot em questão, com as devidas condições para esta pesca

O almoço do dia seguinte, carapau com molho à espanhola uummm!!!

Não podia acabar este relato, sem agradecer ao companheiro, que permitiu que partilhássemos o pesqueiro com ele, para ele o nosso OBRIGADO!!!!!! 

Ambrósio, taxista de serviço!!!

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No dia 14 de Junho realizou-se mais uma vez o grande convívio de pesca da União Recreativa do Bárrio,  no concelho de Alcobaça, este é sem duvida um daqueles que não posso faltar, zona de pesca muito boa, embora difícil, mas acima de tudo pela excelente organização, onde não nos deixam passar fome nem sede, já para não falar da boa montra de prémios.
Assim sendo, fui um dos 140 pescadores que marcaram presença na chamada matinal, como o meu companheiro habitual não pode estar presente, fui de boleia com os meus companheiros de equipa, o César Ribeiro e  Bisnaga.
A caminho do pesqueiro quase me vomitava, era mais 500mts e virava o barco, detesto ir à pendura em carros desconhecidos, o organismo dá de si.
O dia não estava famoso, com ameaças de chuva constantes, o mar, esse estava excelente, desta feita não escolhi pesqueiro, fui descobrir um novo spot, já conhecido do César, do qual não sei o nome, fica a norte da Baía de São Martinho, se algum pescador o reconhecer pelas fotos que me diga como se chama.
Após deixar o carro, descemos a arriba, descida não muito longa, mas como estava de chuva estava bastante escorregadia, zona vasta de caneiros e lagos, muito por onde andar, eu acabei por apostar num caneiro praticamente em frente à descida, os meus companheiros foram para sul.
Começamos a pescar com a maré vazia, sempre a subir, depois de fazer um balde de engodo, montar 2 canas, uma com 0,18mm e bóia de 5grs, outra com fio 0,16mm e bóia de 3grs, a escolha inicial recaiu na pesca mais fina, pois as aguas eram abertas e probabilidade de sair tainhas era maior, anzol mais pequeno que o habitual, o nº8 da Gamakatsu , para isca os habituais beliscos de sardinha.
Ás 8 horas dávamos inicio à pescaria, caneiro engodado da frente para trás, e bóia na agua, o meu palpite não falhou, as tainhas entraram, pequenas como é habitual nesta zona, manhosas e a tirar-me a paciência, com alguma dificuldade lá fui tirando algumas.
Não demorou muito tempo para que o mar me sacudisse deste caneiro, foi nesse preciso momento que os sargos entraram também, ainda tirei 2, um robalote e uma salema, mas não dava para lá estar mais tempo, tive de sair com agua pela cintura.
Depois vem o problema de não conhecer o spot, fui procurar novo poiso, para sul tinha alguns pescadores, assim virei-me para norte, pouca altura de agua nos pesqueiros, e na maior parte com corrente lateral, nada que me agradasse.
Fui para uma zona de pedras mais altas, mas não encontrava nenhum buraco que me enchesse o olho, ainda faço 2 ou 3 pesqueiros, onde consegui apanhar um sargo e uma tainha, como a coisa não me agradava, voltei para a zona inicial, reencontrei os meus companheiros de jornada, desanimados e ainda a gradar, isto a faltar uma hora e meia para o final da prova.
Foto: José Caetano

Sem saber onde ir, acabei por ficar ao pé deles, engodo no pesqueiro, logo ao primeiro lance tiro uma boa tainha, 2 ou 3 lances depois tiro um bom sargo, começa um deles a duvidar da isca que estava a usar, pois não sentia nada.
Dei-lhe então sardinhas das minhas, e finalmente conseguiram apanhar peixe, tiro mais um sargo, mas com o subir da agua o peixe fugiu do pesqueiro, pego no balde de engodo e vou novamente para norte onde já tinha estado.
Agora já com mais agua, as condições eram bem diferentes, a agua não corria e o engodo trabalhava melhor no pesqueiro, na meia hora final, ainda consegui compor a pesca com 4 sargos e deixar fugir mais alguns a desferrar.
A pesca estava feita, agradou-me bastante este novo sopt, zona com uma paisagem magnifica e com peixe, fundamental claro está, agora é voltar novamente para ir criando circuitos, de modo a obter jornadas mais produtivas.

Depois de entregar o peixe, a organização presenteou os pescadores com um vasto leque de petiscos para aguçar o apetite, gambas fritas, petingas fritas, pipis, salada de orelha entre outros, tudo top, quase nem era preciso almoçar com tanta fartura he he.



Depois da pesagem realizada, mais comidinha da boa, uma sopa da pedra de alta categoria, virei 2 discos, havia ainda um 2º prato, carne à portuguesa, tudo bem regado com bebida à descrição, vinho cerveja, sumos, aguas, já para não falar das sobremesas variadas, que ainda tive de arranjar espaço para provar algumas.
Houve pescadores, pelos vistos faltaram à pesca e ao almoço também, ha ha!!Mas não digo nomes.

O ambiente estava bom, grande camaradagem e convívio, mas ainda faltava a entrega dos prémios e sorteios.
Esta prova foi ganha pelo Jorge Carvalho do Independente de Peniche, com uma grande pescaria, somando 40220pts, ganhou ainda o prémio para o maior numero de exemplares, com 65 peixes, 38 sargos e 27 tainhas, para ele os meus parabéns.
Em 2º lugar ficou o meu colega de equipa Miguel Serra, com 29280pts, ganhou ainda o prémio para maior exemplar, um robalo com 0,865kg.

A fechar o pódio ficou Jorge Soeiro com 23535pts, por equipas e clubes o Independente não deu hipóteses e saiu vitorioso.
Nas senhoras, Cátia Bertolo da GAP Magoito venceu com 3245pts , e nos juvenis Francisco Borga saiu vitorioso totalizando 2320pts, eu fiquei num honroso 7º lugar, e no sorteio, ainda fui brindado com uma caninha de bóia, uma Azimute da Barros, nada mau ;)

O ultimo classificado premiado, por coincidência ficou no lugar 69, levou um prémio de consolação.


Resta-me dar os parabéns à organização pelo convívio realizado, alto nível, só ao alcance de um grande grupo de trabalho se atinge este nível de excelência.

No ainda longo regresso até casa, como tinha bebido menos(álcool), tive de fazer de Ambrósio e trazer o carro, enquanto  os senhores lordes, desfrutavam da paisagem de pernil esticado he he 
Fica assim relatada mais uma aventura, mais se avizinham brevemente.
Aquele abraço e bons lances a todos.

Tomou-lhe o gosto, agora não quer outra vida

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Esta foi mais uma jornada nocturna de bóia com o meu júnior, num fim de semana de  mar manso, lá fomos tentar uns carapaus ou cavalas, agora que tomou-lhe o gosto não quer outra vida, noites perdidas é com ele ;)))
Desta feita, aproveitei para partilhar a jornada com o Hélder Luca, um amigo de longa data, com quem já não tinha uma jornada à muito tempo, tem andado arredado das lides piscatórias, mas com muita vontade de pescar.
O ponto de encontro foi na Assenta, por volta da uma da manhã lá estávamos, como o mar não nos agradou por aquelas bandas, tentamos procurar um local onde o mar estivesse mais calmo, pensamos na Ericeira, a pescar no molhe.
Quando lá chegamos, já lá estavam muitos pescadores, uns a pescar para dentro do porto, outros a pescar para fora, nós ficamos cá atrás, na plataforma onde está a grua para por os barcos na agua, logicamente a pescar para dentro do porto, eu sei que não se pode, mas era o local mais seguro para estar com ele, longe da confusão.
Isto de não estar à muito, com um amigo de longa data tem que se lhe diga, depois de pormos a conversa toda em dia, a impaciência do meu filho já apertava, tinha vindo para pescar e não para estar na conversa.
 Passamos à acção, propriamente dita, preparamos um balde de engodo, após umas valentes colheradas lançadas ao mar, montamos a cana, o divertimento estava prestes a começar, mas sem antes nos rirmos com as palhaçadas típicas do miúdo he he he.
Os típicos beliscos de sardinha no anzol e pesca na agua, após uns bons minutos, lá começaram a sair uns carapaus para alegria do petiz, mas muito espaçadamente, eu com as saudades que estava da pesca, decidi montar uma caninha, para me entreter nos intervalos de ajuda ao pequeno.
Após ter tirado 2 ou 3 carapaus também, vem o acontecimento da noite, até parece coisa de maçarico principiante, o engodo tinha acabado, o que é que eu decidi fazer, isco a cana e lanço, pouso-a no pontão bem ao nosso lado e vou prepara o engodo, nisto só oiço a cana a arrojar pelo pontão a fora, ainda corro para a tentar agarrar, mas em vão, cana ao mar, mas pior, tinha peixe ferrado, e lá ia ela mar dentro.
Eu incrédulo a olhar para ela, a flutuar e mover-se, à tona de agua, logo a Excalibur Dynamic, uma das canas que tenho mais estima, foi-me oferecida pela minha esposa quando fiz 18 anos, na altura que me aprumava na pesca à bóia, estava angustiado, não pelo seu valor monetário, mas sim pelo valor sentimental que tem.
Rapidamente chamo o meu filho, para tentar com a sua cana, fazer um lançamento e tentar pesca-la, ele nervoso vem a correr e embrulha a sua pesca toda na cana, fonix só faltava esta, estava fora de questão perder tempo a desembrulhar aquilo.
Enquanto isso lá continuava a cana em movimento, agora lateral, mantendo-se ao alcance, passo ao plano B, pensei atirar-me à agua, mas esse seria o plano C, antes ainda tinha  mais uma tentativa de lançamento, chamo o Hélder para me emprestar a sua cana numa ultima acção desesperada já com a cana a uns bons 30/40 metros, faço um lançamento, bingo, à primeira tentativa cana ferrada!!!!
Fui puxando com calma para ver se não largava, dava para ver que o peixe ainda lá estava pelos puxões que dava , por sorte estávamos junto da escada de embarque, puxei-a até ali onde o Hélder lhe deitou a mão.
Lá puxei a linha e lá estava a causadora de todo o problema, uma srª cavala, a primeira da noite, pegou na isca e fugiu num arranque desenfreado bem típico, por sorte a coisa correu bem e ficou uma historia feliz e engraçada para contar, caso estivesse a pescar sozinho, como muitas vezes acontece, não tenho duvidas que o desfecho tinha sido triste.
Depois deste episódio, eu deixei de pescar, as cavalas entraram em força, deixando o meu aluno em êxtase, com as boas arrancadas que davam, já com o dia a amanhecer, demos por terminada a jornada ali, pois o pessoal da pesca embarcada estava a chegar e a grua começava a por os barcos na agua. 





Ainda fizemos uns lances do lado norte, apenas para gastar o engodo, apenas o Hélder tirou um sargote e o João uma boga, demos assim por terminada mais uma jornada, bastante atribulada mas com as latas bem compostas.

Entradas livres

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O Santa Cruz Ocean Spirit 2015 está quase a começar, não é relacionado com o nosso desporto, a PESCA, mas os desportos deste evento partilham o mesmo cenário, o Oceano Atlântico.
 A 9.ª edição do maior festival internacional de desportos de ondas, decorre entre os dias 17 e 26 de julho, na praia do Centro, em Santa Cruz, concelho de Torres Vedras. Serão dias de ação com provas nacionais e internacionais de surf, longboard, bodyboard, skimboard, kayaksurf, waveski, e stand up paddle (SUP), sendo esperados mais de 400 atletas de várias nacionalidades.
As 88 000 pessoas que passaram pela aldeia Neptuno durante os 10 dias do evento no ano passado, confirmam o sucesso e a longevidade que o Santa Cruz Ocean Spirit, desde a realização da 1ª edição em 2007.
Venha conhecer a beleza do litoral Oeste, desfrutar de uns bons dias de praia, desporto, muita animação nocturna, com inumeros concertos, as entradas são livres.

Para mais informações, podem consultar o cartaz e noticias no sit do evento em http://www.oceanspirit.pt/

Fica aqui um video resumo da ultima edição para aguçar o apetite, venham até Santa Cruz pois vale a pena.

O melhor estava guardado para o fim

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No passado domingo, realizou-se no litoral Sintrense, o convívio de pesca da G.A.P de Magoito(Grupo Amigos Pesca de Magoito), a afluência não foi muita, cerca de 90 pescadores, provavelmente por estarmos em altura de férias.
A equipa da Bordinheira fez questão de estar presente, pois esta malta merece, uma vez que vão a todos, eu que não era para estar presente, a vida familiar alterou-se e deu para embarcar em mais uma aventura competitiva.
Cedo o meu pai passou para me apanhar, já tinha saudades de pescar com ele, temos andado desencontrados nas pescarias, mas a vida nem sempre permite que o façamos.
Depois de uma café na sede do GAP, onde podemos apreciar o bonito museu de troféus e recordações ,dos já muitos anos de pesca, chegava a hora do sorteio.
O pesqueiro escolhido, para não variar foi a praia da Aguda, tive também a companhia do presidente Filipe Ferreira e do João Rodrigues, apressamos-nos a descer, e rumamos a norte, num pesqueiro que penso chamar-se «Perigoso», mas não tenho certeza, cada um apostou em sítios diferentes, mas ficamos relativamente perto uns dos outros.
O mar estava bom, agua com boa cor, mexida quanto baste, apenas algum vento dificultava a pesca, depois de preparar um balde de engodo, monto 2 canas, uma para pescas mais ligeiras, com bóia de 3grs e fio 0,16mm e outra para pesca mais grossa com fio 0,20mm e bóia de 5grs.
Depois de engodar bem o pesqueiro, preparo uns filetes de sardinha para isco, pego na cana com pesca mais grossa, iscadas mais generosas, para tentar apanhar algum robalo ou bailas, o pesqueiro estava convidativo para isso, com uma boa coroa de areia próxima das pedras.
Na 1ª hora não senti nada, finalmente safava a grade com uma baila, pouco depois tiro outra, ainda consegui apanhar uma boa tainha neste pesqueiro, mas com a subida da maré fiquei sem condições e comecei a tentar procurar o peixe noutros caneiros.
A coisa não estava fácil, não conseguia encontrar um pesqueiro do meu agrado, as correntes laterais de norte não permitem que a bóia se mantenha nos locais que queremos e a pesca torna-se praticamente impossível.
Sem sentir um único sargo até ali, vime obrigado a tentar apanhar umas tainhas, mudo para a pesca mais fina e fui fazer companhia ao João, que lá ia tirando uma ou outra tainha pequena de vez em quando.

Depressa me fartei, após 2 ou 3 toques sem as conseguir ferrar, perdi a paciência e fui procurar novo poiso.
Fui ter com o Filipe, que na altura estava a tirar uns sargotes, fiz-lhe companhia e nos primeiros lances deu para ver que estavam por ali, tirei 4 praticamente seguidos, mas depois fraquejou, com o subir da agua, a corrente lateral tornou-se mais forte, levando o engodo e peixe para bem longe e ficou complicado pescar, a acrescentar a estas dificuldades, os banhos de mar eram uma constante.
Novamente sem condições lá fui procurar o tal sitio, fui andando para norte, mas não se vislumbrava nada em condições, mas ainda arrisquei num caneiro.
Sem ver resultados práticos, volto para trás, já desmoralizado fico a pescar ao lado do meu pai e do João, foi neste preciso momento que começa a sair uns sargotes, já com a maré praticamente no máximo e a faltar menos de uma hora para o final da jornada.

O Filipe apercebeu-se que estávamos a tirar peixe e juntou-se à malta, chegamos a estar todos com peixe ferrado ao mesmo tempo, uma loucura, o peixe tinha entrado em força, mas chegava a hora de dar por terminada a jornada, com uns peixinhos na lata, no total 12 sargos, 2 bailas e 3 tainhas.
Depois da foto da praxe ao pescado, arrumamos as tralhas, uns mais despachados que outros fomos abandonando o pesqueiro faseadamente, faltava o pior, uma longa caminhada pela praia e uma subida penosa, apesar do calor não ter apertado muito, custa sempre.
Agora vem a parte boa e engraçada da história, ia caminhando pelo estreito areal, quando já perto da subida, reparo à minha direita numa obra de arte na areia, um desenho em forma de caracol feito com pedras, abrando e aprecio, quando volto a caminhar, reparo que do meu lado direito, a uns escassos 2mts, estava outra obra de arte, uma rapariga a fazer nudismo, deitada de costas para cima, de perna aberta, permitindo uma perspectiva e visão divinal da sua beleza quase interior, por sinal muito bem cuidada.
Que monumento, por segundos fiquei sem reacção, de olhos bem arregalados, podia ter tirado uma foto de pormenor, uma vez que trazia a maquina fotográfica na mão, mas seria de mau tom, além de uma tremenda falta de respeito.
Eu sei que também gostariam de apreciar a obra de arte, mas não será possível, tirei depois uma foto já do estacionamento, onde se vê a dita rapariga já de pé.
Bom, a pesca até nem tinha corrido mal, mas agora estava excelente, mesmo que não tivesse apanhado nada já tinha valido a pena,  isto foi o tónico mais que suficiente para subir a longa arriba com animo.



Quando cheguei ao parque, onde estavam as viaturas, os pescadores que lá estavam,  também tinham visto, não falavam de outra coisa, ainda demos umas valentes risadas e comentários, houve um azarado, que quase pisou a rapariga e não viu que ela lá estava, pois passou e apenas apreciou o caracol feito em pedras.



Com a moral em altas fomos entregar o peixe para a pesagem, depois de um reconfortante banho, chegava a hora dos comes e bebes, com boa comida e muita bebida à descrição, como manda as leis.
Já bem tratados, chegava a hora da entrega de prémios, em primeiro lugar e pode-se dizer que foi por um pentelho, uma vez que o tema anda neste formato, ficou o Filipe Ferreira, com uma boa sargalhada, totalizou 15760pts, para ele os meus parabéns, uma vitória arrancada a ferros na meia hora final, onde foi implacável.

Em 2º lugar ficou o João Rodrigues com 15570pts, a fechar o pódio fiquei eu com 13240pts. 
Um pódio totalmente preenchido pela Bordinheira, nunca tinha acontecido, por clubes e equipas a Bordinheira dominou e saiu vitoriosa. 
Para finalizar, queria dar os parabéns à organização, tudo muito bom, comida, bebida, excelente acolhimento.  
Deixo apenas uma dica construtiva, pensem em realizar o concurso entre finais de Fevereiro e meados de Junho provavelmente seria mais concorrido. 
Grande abraço e bons lances para todos.

Só Pesca é obra!!!!

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Está oficialmente aberta a «Só Pesca», uma loja de pesca que é muito mais que isso, uma verdadeira obra de arte, bem diferente de todas as outras existentes.
Idealizada, projectada e por Filipe Ferreira, uma amante da pesca desportiva e de competição, tudo muito bem idealizado, pensado e construído, só pelo design, pintura e decoração interior vale a pena visitar, um verdadeiro hino ao nosso desporto rei.



Aqui poderá encontrar isca e engodos, todo o tipo de materiais, canas, carretos e acessórios, para todos os tipos de pesca, onde se destacam claramente o spinning e bóia, lá podemos encontrar as melhores marcas, a preços muito bons.






















O atendimento é personalizado, ponto de encontro ideal para pescadores fazerem compras e contarem as típicas histórias de pesca, carregadas de sucessos, fracassos e mentiras também, um local onde também se pode aprender alguma coisa.

Foram apenas  algumas fotos para aguçar o apetite, mas nada como ver ao vivo e a cores, o melhor é mesmo ir até lá.
A loja fica situada no Largo das Palmeiras nº10, na Bordinheira, próxima da sede do clube A.D.R.C. da Bordinheira, no concelho de Torres Vedras, apareçam por lá e digam que vão da minha parte.
Alguma duvida ou esclarecimento, podem contactar o proprietário Filipe Ferreira, através do numero 918204840.

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