Quantcast
Channel: Pesca de Cana
Viewing all 337 articles
Browse latest View live

Convite renovado

$
0
0
Venho por este meio dar a conhecer que vai ter inicio no dia 26 de Janeiro o novo campeonato de pesca na colectividade A.D.R.C da Bordinheira, pelo 6º ano consecutivo.
É com enorme prazer que convido toda a comunidade a participar neste campeonato, este campeonato é composto por 10 provas, realizadas ao longo do ano, as datas dessas provas serão afixadas no calendário de provas, no lado direito do blog.

Este é mais um ano de muita pesca, competição e acima de tudo muito convívio e boa amizade, quem estiver interessado pode inscrever-se deixando o nome aqui ou passando pela colectividade e inscrevendo-se.

O seu a seu dono

$
0
0
Na semana passada a tempestade Hércules fustigou a costa Portuguesa,  numas zonas mais que noutras, a costa Oeste não foi excepção, com estragos significativos na zona da Ericeira, onde o mar varreu por completo o porto de pesca, passeios pedonais e destruiu algumas infraestruturas de apoio às praias.

 







Depois da tempestade vem a bonança, como diz o ditado popular, mas existem muitos outros que também fazem cada vez mais sentido, tais como «O seu a seu dono», ou «O que o mar leva o mar traz»(ou vice versa).
Este foi apenas um aviso, mas acredito que vai começar a acontecer estes fenómenos com mais frequência, devido ás alterações climatéricas, aliado a estes fenómeno está também a subida do nível do mar que também não ajuda, penso que dentro de algumas décadas o mar ganhará terreno, encurtando ainda mais a distancia para as construções que lhe estão mais próximas, e nada o vai deter, bem podem fazer molhes, paredões e o diabo a 4, que a força da mãe Natureza vai continuar a fazer o seu trabalho,  «O mar vai buscar o que é dele!!!».
Assim fica o aviso para quem gere o ordenamento territorial(PDM), mais propriamente na orla costeira, com os programas POLIS, onde se reabilita a orla costeira demasiado perto da linha de água, dando depois origem a avultados estragos, do meu ponto de vista  assim há que construir um pouco mais atrás(no mínimo 500mts).   

~~~~ Vamos todos Cumprir ~~~~

$
0
0
Caros leitores para quem desconhece, mas acima de tudo para aqueles que ignoram os tamanhos e pesos mínimos para captura de algumas espécies, aqui ficam relembrados das medidas mínimas permitidas por lei para captura de peixes de mar.
Para os que as cumprem, realizando as devoluções dos peixes juvenis ao seu habitat estão de parabéns, que assim continuem pois além de o fazerem estão a mudar mentalidades o que já é uma grande vitória, todos juntos vamos conseguir.
Deixo aqui o apelo aos clubes de pesca que organizam concursos/convívios, para alterarem os regulamentos, pois  nalgumas espécies está desajustado, o peso mínimo permitido para captura não cumpre a lei.
Fica aqui demonstrado em video um exemplo a seguir, não doí nada!!!!
Vamos todos cumprir, pois só assim as gerações futuras podem continuar a pescar.  

^^^^^^^Espécie nome vulgar e nome cientifico e respectivas medidas^^^^^^^^

Areeiros (Lepidorhombus spp.) 20 cm

Arenque (Clupea harengus) 20 cm

Atum-Albacora (Thunnus albacares) 3,2 Kg

Atum-patudo (Thunnus obesus) 3,2 Kg

Atum-rabilho (Thunnus thynnus) 70cm / 6,4kg

Azevia (Microchirus azevia) 18 cm

Badejo (Merlangius merlangus) 27 cm

Baila (Dicentrarchus punctatus) 20 cm

Besugo (Pagellus acarne) 18 cm

Bica (Pagellus erythrinus) 15 cm

Biqueirão (Engraulis encrasicholus) 12 cm

Boga (Boops boops) 15 cm

Carapau Branco (Trachurus trachurus) 15 cm

Carapau negrão (Trachurus picturatus) 15 cm

Choupa (Spondyliosoma cantharus) 23 cm

Congro / Safio (Conger conger) 58 cm

Corvina-legitima (Argyrosomus regius) 42 cm

Dourada (Sparus aurata) 19 cm

Enguia (Anguilla anguilla) 22 cm

Espadarte (Xiphias gladius) 125cm / 25kg

Faneca (Trisopterus luscus) 17 cm

Ferreira (Lithognathus mormyrus) 15 cm

Goraz (Pagellus bogaraveo) 25 cm

Juliana (Pollachius pollachius) 30 cm

Lampreia do mar (Petromyzon marinus) 35 cm

Lingua (Dicologoglossa cuneata) 15 cm

Linguado (Solea spp.) 24 cm

Pargo-legitimo (Pagrus pagrus) 20 cm

Pescada Branca (Merluccius merluccius) 27cm

Pregado (Scophthalmus maximus) 30 cm

Robalo-legitimo (Dicentrarchus labrax) 36 cm

Rodovalho (Scophthalmus rhombus) 30 cm

Salema (Sarpa salpa) 18 cm

Salmão (Salmo salar) 55 cm

Salmonete (Mullus surmuletus) 15 cm

Sarda / Cavala (Scombrus spp.) 20 cm

Sardinha (Sardina pilchardus) 11 cm

Sargo (Diplodus spp.) 15 cm

Sável (Alosa alosa) 30 cm

Solha-avessa (Pleuronectes platessa) 27 cm

Solha-das-pedras (Platichtys flesus) 22 cm

Tainha-Garrento (Mugil auratus) 20 cm

Tainha-liça (Chelon labrosus) 20 cm

Tainha-olhalvo (Mugil cephalus) 20 cm

Truta-marisca (Salmo trutta) 30 cm

Camarão-branco (Palaemon serratus) 6 cm

Camarão-mouro (Crangon crangon) 5 cm

Caranguejo-mouro (Carcinus maenas) 5 cm

Amêjoa-branca (Spisula solida) 2,5 cm

Berbigão (Cerastoderma edule) 2,5 cm

Choco (Sepia officinalis) 10 cm

Longueirão-curvo (Ensis ensis) 10 cm

Longueirão-direito (Ensis siliqua) 10 cm

Lula (Loligo vulgaris) 10 cm

Mexilhão (Mytilus spp.) 5 cm

Navalha (Pharus legumen) 6,5 cm

Polvo-vulgar (Octopus vulgaris) 0,750 kg

Um abraço a todos e as pescas possíveis.

Só não deu mais porque acabaram as pilhas!!!

$
0
0
Com o inicio da nova temporada de provas à porta era imperativo fazer um treino de pesca, para verificar se estou em forma ou se a falta de pesca me deixou enferrujado, já lá vão umas boas semanas sem por as artes de molho, uns dias por falta de condições do mar ou atmosféricas outras por falta de tempo.
 Mais uma vez o tempo e mar não ajudaram nada, com muita chuva, vento forte, mar barrento, mas ainda assim tinha de pescar a todo o custo, foi uma pesca diferente do habitual, foi feita com o meu aprendiz.
-Pai já fiz uns lançamentos mas nada, nem conseguimos pescar em condições, tenho estado a analisar o mar e parece que vamos ter de escolher outro pesqueiro para apanhar algum peixe, o que te parece?
Eu concordei plenamente e mudamos para outro pesqueiro, e em boa hora o fizemos pois foi tiro e queda, só não apanhamos mais porque acabaram-se as pilhas he he he he.....


Foi o treino diferente, bastante animado e o possível, para a semana logo vemos se a estratégia defenida vai funcionar na prática.
Um abarco a todos e as pescas possíveis. 


Nova Portaria n.º 14/2014 de 23 de Janeiro

1ª Prova do campeonato 2014 da Bordinheira

$
0
0
Que saudades!!!
Pois bem estou de volta ao activo, à pesca, aos relatos, aos convívios de pesca e ao reencontro com os amigos de mar, após quase 2 meses sem sentir aquele aroma do mar com cheiro do engodo de sardinha, a vontade  de pescar e sentir a cana a bater era enorme.
Este domingo teve inicio e Pelo 6º ano consecutivo o Campeonato de pesca da Bordinheira, com a participação de 50 pescadores, muitas caras novas, o que é de louvar e algumas ausências de peso também, que em nada ofusca o prestigio deste campeonato, onde o convívio, camaradagem e amizade é e será sempre superior á competição.


Esta foi então a 1ª das 10 provas, o mar e tempo em nada facilitaram a tarefa dos participantes na captura de alguns peixes, com o mar bastante bravo, muito barrento e com grandes enchios,onde tão depressa tínhamos agua no pesqueiro como ficava praticamente seco, o tempo negro, de chuvisco com algum vento à mistura também não animavam nada.


Com estas condições a meta traçada para esta prova era bastante modesta, tentar safar a grade com um peixe ou 2, o plano era escolher um pesqueiro onde deixasse pescar minimamente e que segurasse um pouco o engodo.
O local escolhido foi os Guiões, pesqueiro entre a praia dos Coxos e o Cavalinho, na Ericeira, apesar do mar muito bruto a pescaria ia ser a do costume, à bóia com engodo de sardinha e para isco sardinha e camarão, desta feita com uma bóia um pouco mais pesada que o habitual devido ao mar forte, escolhi uma de 8grs e no carreto fio 0,185mm.
Um bom balde de engodo feito com areia, sem engodar muito para as escoas não abalarem com o engodo para longe e com ele algum peixe que por ali andasse, fui salpicando as lages onde o mar vinha lavar, apenas conseguia aguentar a pesca no pesqueiro quando o mar fazia uns razos ou quando escoava e eu emparava a bóia um pouco, fora esses momentos não dava.
Logo nos lançamentos iniciais umas sarguetas a limpar o isco, após algumas capturas e devoluções, já com 2 horas decorridas lá ferro um peixe que deu uma boa luta e com muita calma o pus a seco, um bom sargo, depois das fotos volto à pesca, mais uma colherada de engodo, moralizado com a grade safa insisto e pouco tempo depois ao segurar a pesca numa escoa ferro uma boa tainha, a calma do costume e peixe na lata.


A maré já descia e até ao final apenas tive mais um toque de peixe, pelo bater penso que era Salema, ferrou mas com medo que cortasse folguei e ela desferrou, no final 2 peixes era uma boa pescaria atendendo às condições.
No final e feita a pesagem confirmou-se as expectativas, pouco peixe mas bom, com alguns bons sargos e um bom robalo, o resto foram muitas grades, apenas 9 pescadores conseguiram apanhar peixe.



Era agora hora de recuperar forças com uma boa almoçarada, caras de bacalhau e atum de barrica com grelos salteados e batata cozida foram os pratos principais.
Depois de feitas as classificações o 1º lugar coube ou Paulo Marqes que ao 1º lançamento apanhou um robalo com 1,820kgs totalizando 9100 pontos.
O Paulo Silva ficou em 2º lugar com 6950 pontos, a fechar pódio em igualdade pontual ficaram o David Forcada e Jorge Carvalho com 4200 pontos, eu acabei em 5º lugar com 4160 pontos.

Agora é esperar pela próxima prova no dia 9 de Fevereiro e esperar que o mar colabore.
Saúde da boa para todos e bons lances.

É isto que anda a chupar todos os peixes!!!

$
0
0
Um tubo com cerca de 200 metros de comprimento, de uma piscicultura na zona de Mira, distrito de Coimbra, deu à costa no litoral de Sintra, na Praia das Maçãs, informou fonte da autoridade marítima. Um outro tubo ficou encalhado numa praia junto a Mira.
«Trata-se de uma peça de uma piscicultura sediada em Mira», explicou o comandante da capitania do porto de Cascais, Dario Moreira.
O tubo, com cerca de 200 metros de comprimento e dois de diâmetro, em material plástico (PVC), soltou-se da unidade piscícola devido à agitação marítima.
As autoridades foram alertadas para a presença do tubo junto à Praia das Maçãs pelas 10:00, mas a forte ondulação acabou por libertar a peça, que entretanto já passou a Praia Grande.
«Não há risco de poluição e, por estar junto da costa, também não representa perigo para o tráfego marítimo», explicou Dario Moreira.
As autoridades vão acompanhar o percurso do objecto até que estejam reunidas condições para o recuperar por via terrestre ou para que possa ser rebocado por mar.
Em comunicado citado pela TSF, a Acuinova explica que o incidente é uma «consequência do temporal das últimas semanas», num local em que estão a ser realizadas obras.
«A empresa está a envidar todos os esforços com vista a garantir, em colaboração com as entidades competentes, que sejam desenvolvidas as acções necessárias para proceder à sua remoção em perfeita segurança», lê-se na nota.
A empresa do grupo Pescanova garante que está a investigar o caso «com vista ao apuramento das responsabilidades».
O tubo que está em Mira «está neste momento a aguardar autorização das autoridades para ser removido por terra».
Fonte da noticia: TVI 24(Clique para ver video)



Possivelmente é por isso que cada vez se apanha menos peixe nesta costa, os gajos tem tubos destes espalhados pela costa a sugarem os peixes para os viveiros, assim não vale pá!!!!

Mais um entre tantos outros

$
0
0
Perto de Ribeira D´ilhas, mais propriamente no Cavalinho deu à costa um golfinho já morto e em avançado estado de decomposição,
 Pelo que investiguei na net, os arrojamentos são mais frequentes nesta altura do ano quando há forte ondulação, já que a força das águas transporta para a costa os animais que estiverem mortos no fundo do mar, que a maior parte delas acontece por causas naturais, mas há também casos em que os golfinhos são atingidos pelas hélices dos barcos de pesca ou ficam presos nas redes.
Este foi apenas mais um entre tantos que ao longo dos anos tive a infelicidade de presenciar, seja a morte devido de causas naturais ou por um trágico acontecimento é sempre de lamentar.

Praia de São Lourenço

$
0
0
Caros leitores pelas previsões está visto que vai ser mais um fim de semana sem ir ao mar, devido ao mau tempo e mar impraticável, por um lado é mau pois não consigo pescar, mas vendo o lado positivo é tipo um defeso natural, à já 2 meses que não deixa pescar. 
Assim aproveito para divulgar mais um bom spot de pesca na zona Oeste, e matar saudades de mar calmo,  azul e com dias de sol.
A praia de São Lourenço localiza-se na freguesia de Santo Isidoro concelho de Mafra, estando situada entre as localidades de Ribamar e São Lourenço, praia situada entre arribas, muito bonita e com areia grossa, bastante espaçosa e uma das mais frequentadas da região.




No que toca a pesca, está longe de ser uma das minhas eleitas, mas não deixa de ser um bom pesqueiro, onde costumo fazer algumas visitas piscatórias.
Este é um pesqueiro misto em todos os aspectos, pois tem fundo de pedra e areia, e tem pesqueiros com pouca altura de agua e a poucos metros de distancia pesqueiros fundos, dando a possibilidade para variar na modalidade de pesca, o areal para o surfcasting, spinning, a parte rochosa do lado sul bem como do lado norte para bóia/pião , chumbadinha, ao fundo, buldo e spinning.
Explorando um pouco mais pormenorizadamente esta praia, do lado norte do areal temos um lajão muito bom onde podemos pescar acompanhando a enchente da maré até à praia mar acabando no pesqueiro da «Pedra Cimentada», mais a norte uma zona pouco pescada devido ao difícil acesso oferece um grade leque de pesqueiros para explorar, mas apenas nos dias de mar mais calmo(1/1,5mts de vaga).







Do lado sul encontra-se o Forte de São Lourenço, datado do século XVI, actualmente residência de férias da guarda-fiscal, esta zona oferece uma série de pesqueiros mais fundos, estes pesqueiros são bastante bons quando o vento sopra de sul com força porque ficamos abrigados pela arriba.











No que toca a peixes que podemos capturar nesta praia o leque é variado, sendo os sargo, as bailas e robalos os mais procurados, no verão com bom tempo e mar manso, os safios bem como carapaus e cavalas são visitantes assíduos. 
Com estas dicas resta esperar que o mar dê tréguas para podermos lá realizar uma jornada.
Um abraço a todos e bons lances. 

Não consigo tirar a licença!!!

$
0
0
Deixo aqui em 1ª mão a contribuição do seguidor Carlos Catalão para resolver um problema com que se deparou estes dias ao tirar a licença pelo Multibanco.
«Tive problemas ao tirar a licença de pesca apeada ou neste caso qualquer outra, passo a explicar, o sistema de MB neste momento não permite que se tire licenças de pesca seja ela qual for, porque houve uma alteração a lei existente, e uma nova portaria saiu(Portaria nº 14/2014 de 23 de janeiro).
A pesca apeada e embarcada agora passa a ser toda nacional a distrital acabou e mais algumas alterações conforme explicação dada pela Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, vou deixar aqui o link DGRM para poderem consultar, e o telefone da Linha Azul: 21 3035703 para esclarecer duvidas.
Pela explicação dada não têm previsão para quando o sistema de MB poderá entrar em funcionamento por isso aconselharam-me a pedir a licença via mail se forem ao link irão ter dois anexo que estão escritos a azul e só carregar ai que irão ter toda a explicação necessária para pedir a vossa licença via mail, espero ter ajudado.»
Desde já agradeço ao seguidor o esclarecimento desta situação e estou a divulga-lo para quem pense em tirar licença nestes dias.
Um abraço a todos e bons lances.

Que ondas são estas?

$
0
0
As ondas que têm assolado a costa portuguesa não são propriamente altas, são sobretudo compridas. Resultam de uma conjugação entre disparidades térmicas, ventos fortes e empilhamento de água junto à terra.
 Fotografia de Orlando Almeida/Global Imagens

Luís Quaresma Santos, oceanógrafo do Instituto Hidrográfico e tenente da Marinha, explica o fenómeno por detrás das imagens impressionantes que todos vimos nas últimas semanas.
Vejam a explicação de tal fenómeno dada nesta entrevista ao Diário de Noticias.


Sombras chinesas, gigantones mas pouco mais

$
0
0
Neste domingo realizou-se a 3ª prova do campeonato de pesca da Bordinheira, depois da 2ª prova deste campeonato prevista para o fim de semana passado ter sido adiada devido ao temporal e mar bastante bravo. 
Neste fim de semana apesar de não estarem reunidas as melhores condições para uma boa jornada resolvemos realizar a prova, o tempo até ajudou, dia solarengo e sem vento, mas o mar, esse continua impraticável, muito bravo, acompanhado de grandes enchios, tão depressa tínhamos muita agua no pesqueiro, como abalava toda deixando as pedras à mostra, para piorar a situação as aguas estavam muito barrentas, fruto das chuvadas constantes dos últimos dias, mais parecia chocolate, por estes motivos esperava uma jornada bastante sofrível.
Chegada a hora de ir para o mar, sem pesqueiro definido a ideia era dar uma volta pela costa desde Cambelas até à Ericeira para procurar aguas com cor minimamente aceitáveis, e onde se vislumbrasse um cantinho com alguma agua, onde o mar parasse e aguentasse minimamente o engodo, depois de percorrer esta costa e ver que a cor castanha dominava a totalidade do oceano, decidi ir até Cambelas mais propriamente para a lage da Lamparoeira, em busca de algum sossego e de pouco engodo no pesqueiro, pois sabia que quase a totalidade dos restantes pescadores se concentrariam em 2 ou pesqueiros na Ericeira.
Desanimado desço a arriba na companhia do meu pai, vou então para sul, destino a laje da Lamparoeira, depois de montar a cana com uma bóia de 5grs e com fio 0,18mm, faço o típico balde de engodo, preparo uns filetes de sardinha e dava inicio à difícil tarefa, safar a grade!!!

Com pouca agua no pesqueiro lá fui tentando mentalizar-me que seria possível entrar ali algum peixe, mesmo estando a pescar curtinho, sensivelmente 2 palmos do anzol para a bóia, volta e meia enrrochava com as escoas.
A coisa estava complicada mesmo, após 2 horas de pesca sem sentir nada, nem um único toque a desiscar, eu estava mais que desmoralizado.
A maré já enchia, nisto o meu pai que também estava a pescar à bóia, tira um sargote que sem peso foi devolvido, a saída deste peixe mesmo que pequeno foi a motivação extra para voltar a tentar com fé.
Agora com um pouco mais de agua lá íamos insistindo no engodo esperando por algum peixe que andasse por ali perdido, mas nada de peixe, apenas a minha sombra e a sombra do gigantone continuavam a insistir em pescar.

A força do mar empurrava-me agora para terra, queimava agora os últimos cartuchos, engodava agora em cima de um lajedo com uma pequena poça, quando de repente vejo uma tainha a passar aos meus pés atrás dos pequenos pedaços de engodo , os meus olhos quase que saltaram, lanço o mais rapidamente possível, mas nada, seria uma miragem ou alucinação, possivelmente era mais uma sombra chinesa!!!! 
Continuo a tentar, podia ser que voltasse a passar por ali mais alguma, e passados alguns minutos a bóia afunda ligeiramente, dou a ferragem e lá estava ela na ponta da linha, a fazer a cana vergar, com muito jeito lá encalhei o peixe, que alegria, até parece que se tratava de um grande exemplar, mas não era apenas uma tainha com 600grs, mas que já no final da jornada safava o dia.
Tiro o peixe do anzol e coloco-o dentro da lata, nova iscada e novos lançamentos, pouco depois nova tainha a investir, trabalho o peixe e ela cá fora, se uma era bom 2 era óptimo!!!! 

Até ao final não deu mais nada, mas estava satisfeito com o fraco resultado, 2 tainhas com 1,290grs, nesta prova apenas 5 pescadores em 40 conseguiram apanhar peixe.
Após a pesagem a classificação ficou assim organizada, em 1º lugar ficou o Miguel Serra que mesmo doente foi à luta e  apanhou 2 tainhas também, um pouco maiores que as minhas, com 1,410grs totalizou 2820 pontos, para ele os meus parabéns. 
Eu fiquei em 2º lugar com 2580 pontos, e a fechar o pódio ficou o Nelson Inácio com uma tainha fez 1820 pontos, como foram apenas 5 os que capturaram peixe vou divulgar os restantes vencedores, em 4º lugar ficou o David Forcada com 1 tainha somou 1100 pontos, em 5º ficou Alfredo Frango com um bodião somou 155 pontos, os restantes trouxeram uma grade.
Apesar de ser um fraco dia de pesca, o convívio e o almoço compensaram e bem as difíceis condições que temos enfrentado, mas para muitos pescadores está a ser complicado digerirem 2 grades seguidas, mas com recurso a analgésicos(cerveja e vinho), e substancias psicotropicas e alucinogénas, alem de uma boa dose XXX, lá vão acalmando os nervos he he he....

Vamos esperar que o mar melhore para que possamos desfrutar na plenitude este nosso desporto, e caso não deixe cá vamos sonhando com dias melhores e com fartura de peixe.     



Sopa da Pedra

$
0
0
Devem-se estar a questionar o porquê deste titulo, um pouco desajustado para um post num blog de pesca, normal não? 
Mas faz todo o sentido, pois realizou-se novamente este domingo o convívio de pesca «Sopa da Pedra» no A.C.B Varatojo, é que para além de gostarmos de pescar, esta malta gosta ainda mais de comer e beber.
Como o trabalho tem consumido quase todo o meu tempo, pus em consideração falhar esta brincadeira, para estar com a família, mas à ultima da hora o meu grande amigo Artur, lá me conseguiu fazer mudar de ideias, mas impus-lhe algumas condicionantes, ele seria meu companheiro de jornada e seria dele a responsabilidade de escolher o pesqueiro.
Como a prova seria curta, apenas 4 horas de pesca, das 8 ao meio dia, a ideia era pescar, almoçar e passar a tarde com a família, deixando os amigos e os copos para outra oportunidade, isto que para mim é a melhor parte. 
Porto Chão foi por unanimidade a escolha para a pescaria, desta feita o mar e tempo deram sinal de melhorias, ainda que com mar forte mas as aguas com boa cor, apenas faltou o peixe para ser uma óptima jornada. 
Lá descemos a arriba e rumamos para norte, eu o meu pai e o «Ti Artur», para o pesqueiro do Penedo do Zé Russo, a maré estava praticamente no pico da enchente, a pesca seria feita sempre a vazar, rapidamente montamos o material, eu optei por uma cana de 5mts, um pouco mais comprida que o habitual, porque tinha de pescar longe da agua, uma bóia também mais pesada 7gr, mantendo o fio 0,18mm.

O típico engodo para mares mais agitados, mais grosso e misturado com areia para se aguentar melhor no pesqueiro, uns bons lombos de sardinha para isco e pesca na agua, os primeiros lances fizeram parecer que ia ser um daqueles dias de lata cheia, após tirar 4 sargos(mais alguns devolvidos), uma tainha e outros 2 peixes desferrados, o peixe pura e simplesmente desapareceu com o virar da maré.
Estes são sempre acontecimentos que nos deixam a pensar, mas para onde terá ido o peixe? Se ainda agora estava aqui a monte para onde foi?
Analiso e sigo bem as correntes, para tentar imaginar para onde foi o peixe, pego no balde e vou tentando mais à direita, mais à esquerda mas nada, nisto o Artur consegue safar a grade com uma tainha.



 As gaivotas facilitam a tarefa, dão sinal onde vai parar o engodo, é ai onde andam a comer alguns pedaços que o engodo para, balde numa mão e cana na outra vou até lá, poucos lançamentos depois a bóia afunda, dou a ferragem e o peixe arranca fortemente para dentro, por breves instantes fez-me pensar que era um robalo, mas depois de vir ao cimo da agua vi que era uma grande tainha, depois de uma boa luta lá consegui po-la a seco, mais umas colheradas de engodo, mais uns lances mas pelos vistos andava sozinha.
Volto para o pesqueiro inicial, mas agora com menos agua já deixava pescar melhor, restava pouco tempo de pesca, entre as pedras que começavam agora a aparecer, ferro nova tainha, esta maior que a anterior, deu pouca luta e depressa a encalhei, foi acabar da melhor maneira possível, o meu pai a pescar à chumbadinha nos últimos lançamentos também safou a grade e tirou 2 tainhas.


Arrumado o material e tiradas as fotos da praxe, faltava o mais difícil, subir a arriba até ao carro, eu que ainda sou novo não me custa muito, mas para esta malta bem mais usada que eu já pesa bastante.





 A subida a abriu o apetite, para a tão afamada Sopa da Pedra, da minha parte foram 2 discos bem aviados(GRANDA LATEIRO!!!MAS HÁ MAIS!!), que boa que estava, os meus parabéns ao cozinheiro.
Este foi mais um dia bem passado, mas com pouco peixe, onde a grade foi rainha, após a pesagem e feitas as contas, acabei por alcançar a vitória destacadamente, ainda acumulei os prémios de maior nº de exemplares e de maior exemplar, uma tainha com 1,490kg, em 2 lugar ficou o Joaquim Veríssimo que apanhou um bom robalo e a fechar o pódio o meu pai.
Na hora de receber os prémios como não estava presente, foi o meu pai que me representou, já me esquecia, contou com a ajuda do meu assessor de imprensa César Ribeiro, que estabeleceu uma ligação via telemóvel na hora para umas breves palavras.
Para todos uma boa semana e até nova aventura. 




Closed, why??

$
0
0
É oficial, estou de férias(do trabalho ;) da pesca não!!!!!), Torriense que é Torriense vai ao Carnaval de Torres o mais Português de Portugal.






Fica o convite feito a todos, deixem as canas a descansar e venham viver uns dias, ou noites carnavalescas bem divertidas em Torres Vedras, aqui está o link do programa do CARNAVAL de TORRES VEDRAS para consulta.
Um abraço e bons lances.

Bom demais para ficar na gaveta

$
0
0
Este foi o ultimo concurso de pesca organizado pela Sociedade Recreativa do Bairro da Bela Vista(SRBBV), realizado a 24-03-2002 na Costa a Oeste de Sesimbra, zona de uma beleza ímpar.
Este acontecimento ficou registado em video, que o meu grande amigo Germano Silva, na altura dirigente da secção de pesca do SRBBV me enviou, ele fazia muito gosto que eu o tornasse publico,  assim fazendo a sua vontade, aqui esta ele, disponível para todos verem.
Neste video não está demonstrado o grande trabalho que dá organizar um evento desta envergadura, pois leva meses de preparação, desde angariação de patrocínios para prémios e almoço, tratar de todas burocracias essenciais com as outras colectividades, capitanias etc, já para não falar em toda a orgânica necessária e fundamental por parte da colectividade, baseada numa grande equipa de trabalho, para que tudo funcione naquele dia.
Fica apenas demonstrado o resultado final, uma boa maneira de recordar como eram os concursos/convívios de pesca à uns anos atrás, bem como ver e rever caras conhecidas dos pescadores que nele participaram.
Espero que gostem.


Pescadores de agua doce

$
0
0
Porque a vida são dois dias, e o Carnaval de Torres são seis, que devem ser vividos de forma muito intensa, mas já passaram, cá voltamos à pesca e aos relatos de pesca.
Na quarta feira, aproveitando o ultimo dia de férias escolares do meu petiz, fomos fazer uma pescaria, já que a vontade de pescar dele era muita e estava prometida uma ida ao mar, que para ele é sagrado, se está prometido tem que ser cumprido mesmo que as condições para pescar não sejam nenhumas, raio do miúdo é teimoso como uma mula, não sai nada ao pai!!! He he he....
Sem condições para pescar no mar, pois estava muito bravo, barrento e com muito vento, o que é que eu pensei, vamos à pesca, mas não vai ser no mar, vamos pescar enguias no o rio Sizandro, que passa na minha aldeia, leva bastante agua e está barrento, o ideal para esta pesca.
Foi uma pesca à moda antiga, como nunca tinha ido às enguias, mas sempre ouvi as explicações do meu pai e do meu avô, de como se fazia esta pesca, pus mãos à obra, ou seja na enxada e lá foi eu.
Primeiro era necessário apanhar uma boa quantidade de minhocas da terra, fui até uma zona parcialmente alagada e toca de cavar, em pouco tempo tinha uma bola de minhocas mais que suficiente.
Agora era só fazer o «remelhão», que consiste em colocar as minhocas com recurso a uma agulha, num fio de costura com aproximadamente 1,5mt, eu utilizei uma agulha de costura, mas se for com uma agulha de iscar minhocas é bem mais fácil, mas como não tinha a tropa manda desenrascar.
Depois de enfiadas todas as minhocas, da-se umas voltas à minhocada na mão e ata-se, num caniço atei um fio de pesca, com uma chumbada de 100grs, onde atei a minhocada à chumbada, agora era só levar uma bucha e irmos até ao rio.



Já no rio, era hora de escolher o pesqueiro, procuramos uma margem onde fizesse um fundo com pouca corrente e com condições para estarmos em segurança, levamos um chapéu de chuva, não é que tivesse com cara de chuva, mas este faz parte das artes desta pesca, fica aberto e espetado na berma do rio, funciona como camaroeiro.
Pescas na agua e esperar, de vez em quando levantar as pescas sempre para cima do chapéu, pois se vier alguma enguia agarrada ela cair lá dentro, mas delas nem sinal, ainda era cedo........ e sentados na margem do rio íamos conversando os dois, momentos importantes entre pai e filho, são estes momentos que fortalecem relações e nos fazem criar laços de amizade muito fortes.
As enguias teimavam em não dar sinal, mas para mim o dia estava a correr maravilhosamente, ouvir a agua a correr, os pássaros a cantar, as galinhas de agua a passarem assustadas de uma margem para a outra, faziam-me voltar uns anos atrás no tempo, em que eu menino passava grande parte das minhas férias no rio com amigos, a apanhar pássaros, caracóis e cágados entre outras bicharadas.
Mudamos de pesqueiro, andamos talvez uns 2 kms pela margem e lá encontramos um cantinho, e insistimos, a caminhada abriu o apetite, era hora de comer uma bucha para recuperar forças, meus amigos digo uma coisa, uma sandocha comida ali, ao ar livre em contacto com a natureza, é melhor que comer uma boa dose num bom restaurante, sem duvida nenhuma.


Depois de reconfortados, voltamos à pesca, sinto a cana tremelicar, será desta!!! Levanto devagar e era mesmo uma  boa enguia, acabou por largar-se antes de entrar no chapéu, ora bolas, são poucas e mesmo assim não as apanho, entretanto o João perde também uma da mesma maneira, tínhamos de ser mais rápidos no momento de levantar a pesca de modo a caírem dentro do chapéu.

O dia caminhava para o fim e foi nessa altura que finalmente conseguimos apanhar algumas enguias, eu apanhei 3, e o João 1, talvez por haver menos claridade influenciou nas capturas, pois foram praticamente seguidas já que o resto do dia não sentimos nada.


Chegava a hora de ir para casa, estávamos satisfeitos com a jornada, pois o que estava na lata já dava para o jantar de 10, se 9 não comessem é claro, ha ha ha....Acabamos por devolve-las ao rio, mas foi sem duvida um dia muito bem passado, que vai ficar guardado na nossa memória.
Fico satisfeito por ver que a poluição no rio diminui bastante, quando era miúdo o rio estava bem mais poluído e com pouca vida, agora existe mais vida nas aguas o que é animador, é sinal que algumas coisas que tem sido bem feitas e o dinheiro gasto não foi em vão.
A Câmara Municipal e as entidades que gerem os recursos hídricos, que continuem pois estão no caminho certo, também temos de dar os parabéns quando vemos que merecem, não podemos só dizer mal.
Uma ultima nota, no final da pescaria seja no rio ou no mar, não esquecer de levar todo o lixo do pesqueiro, não custa nada e a natureza agradece.
Um abraço a todos e bons lances seja no mar ou em agua doce.

Mais um grande dia

$
0
0
Dia 30 deste mês realiza-se na Sede da Bordinheira mais um convívio de pesca, para todos os amantes  e amigos deste desporto que queiram participar, para terem uma ideia o ano passado foi assim (http://pescadecana.blogspot.pt/2013/03/mantendo-tradicao.html).


O programa será o seguinte:
7 horas - concentração na sede da Bordinheira 
7 horas e 30 minutos - partida para os pesqueiros
8 horas - inicio da pesca
12 horas e 30 minutos - final da pesca
1 hora e 15 minutos entrega do pescado(no local do sorteio)



Segue-se depois o almoço convívio com umas entradas, sopa, serrabulho e porco no espeto, vinho ou sumos, não faltará a sobremesa .
Depois da classificação será feita a entrega dos prémios, além de um grande sorteio de vario material de pesca.
O valor da inscrição são 10 euros, quem quiser participar poderá inscrever-se na colectividade, ou deixar aqui no blog os nomes.
Espera-se um dia muito bem passado, com um ambiente de camaradagem excelente, numa terra que sabe receber muito bem quem quiser aparecer.
O convite está feito, venham divertir-se e passar um dia diferente, tragam um ou mais amigos.
Um abraço e boas fainas

Elas já andam ai!!

$
0
0
Neste domingo realizou-se a 4ª prova do campeonato de pesca da Bordinheira, desta vez fugindo ao que tem sido habito, esperava-nos um dia de mar bastante bom e com aguas com boa cor, o dia esse, algo nublado e temperatura amena.
Depois da típica volta no dia anterior, o spot escolhido seria  o Porto Chão, concentração na sede por volta das 7 para um café e 2 dedos de conversa com a malta, lá rumamos aos pesqueiros.
Na companhia do meu pai desci a arriba, o mar apresentava-se bem melhor que no dia anterior,  rumo para norte, precisamente para a lage perto do penedo do Zé Russo.
Desta vez já levava 2 canas montadas, uma com fio 0,135mm com bóia de 3grs e outra com fio 0,18mm e uma bóia de 7grs, para não perder tempo, e aproveitar ao máximo as horas que achava que seriam as mais produtivas, o virar da maré por volta das 8 e meia.
Rapidamente faço um balde de engodo e preparo uns filetes de sardinha, estava na hora de inicio, depois de engodar o pesqueiro mesmo em cima da lage, saco para o peixe à tira cola e caixa da sardinha à cintura, pois a pesca ia ser feita bem próximo da agua, este método é o melhor para este tipo de pesqueiro, não só para não perder tempo, mas também para evitar correrias para por o peixe na lata, e ir buscar isca, assim temos tudo á mão além de se evitarem possíveis quedas nas pedras quando estas são escorregadias ou tem limos, como era o caso.

Como o vento soprava com alguma intensidade, comecei com a pesca mais grossa, após uma meia hora nada de nada, com um mar destes nem um peixe, estava magnifico para os sargos, como é que pode, parecia que os estava a ver ali, mas não.
Sem sentir nada começo a procurar, subo a altura da bóia e passo a pescar para o lado mais fundo, mais uma colheradas de engodo, o pesqueiro estava de sonho, o mar não corria e o engodo trabalhava mesmo bem.
Lanço, ainda a bóia não tinha endireitado e já dava sinal de peixe, dou a ferragem, e o peixe saltou fora de agua, um garrento, trabalho o peixe e meto-o aos pés, a grade estava safa.
Mais uns lançamentos e pouco depois nova ferragem, pelo bater vi logo que era uma salema, com muita calma para não cortar o fio encalhei-a, carrego ainda mais no engodo para ver se as encardumava  aos meus pés.
Mas pelos vistos era só esta que lá andava, o mar já perdia altura com o vazar da maré, e pensei, não anda sargos, nem salemas, vou tentar umas tainhas com a pesca mais fina, começo a engodar mais aguado e mais vezes a miude, iscadas bem mais pequenas e consegui ferrar umas 3 praticamente seguidas.

Elas deixaram de dar sinal durante uma hora e já pensava em mudar de pesqueiro quando ferro novamente uma salema, que acabou por cortar o fio, o meu pai que estava a pescar à chumbadinha ao meu lado já ia de abalada, pousou as tralhas e fez mais uns lances, mas com limos.
Empato novo anzol e continuo a iscar com sardinha, mas não as sentia, o meu pai com limo estava a senti-las e gritou para mim, «Elas andam ai mas manhosas, não as consigo ferrar».
Mudo novamente para a pesca mais grossa e isco com limo, tirei logo uma, volto a lançar e começo a ver que elas estavam a comer mas desconfiadas, volto novamente para a pesca mais fina, mas coloco um anzol pequeno de pé comprido para elas não cortarem o fio, em pouco tempo tiro umas 5 ou 6 e perco 2.
A agua já era pouca e elas desapareceram, mudo de anzol e volto a tentar as tainhas, e ainda tirei mais 1 tainha e 1 salema, mas depois deixou de picar.
Olho para sul e vejo que o mar deixava pescar no meio da praia, a cota de mar estava no ponto, dou uma olhadela para o relógio e vejo que faltava apenas meia hora, vai não vai, vai não vai, pego no balde e lá vou eu tentar.
 Ainda consegui matar lá uma boa tainha, terminando a pesca com 15 peixes na lata, 9 salemas e 6 tainhas, à chegada à colectividade a azáfama era geral, pois quase toda a gente tinha apanhado peixe, embora não houvesse grades sacadas, havia uns quantos sacos com pescas idênticas. 
Depois da pesagem feita a sorte sorriu-me e por poucos pontos consegui ganhar, com 6,575kg de tainhas e salemas, totalizando 13150pts, em 2º lugar com 13005pts ficou o António Inácio(  que está como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor, uma verdadeira maquina!!), e a fechar o pódio ficou o filho, Nelson Inácio com 12415pts, em 4º ficou o David Forcada com 11860pts e em 5º o Paulo Ribeiro com 11820pts.

Esta já foi uma jornada bem mais animada, com o peixe a dar um ar de sua graça, com uns sargotes, as salemas(tão desejadas por uma grande parte dos pescadores), além de umas grandes tainhas onde destaco uma com 1,880kg apanhada pelo Miguel Serra, e que para já vai sendo o maior exemplar deste campeonato.

O tradicional almoço composto de uma bela sopa, carne á Bordinheira, fruta e sobremesa, como sempre, acabou por saciar ainda mais o pessoal.
Agora é esperar por novas aventuras piscatórias.

O mar cai e é isto!!

$
0
0
Basta o mar dar umas tréguas e é o costume, redes e aparelhos espalhados pela costa, o que é normal.
Mas com um mar tão grande, tem que os vir montar cá fora em cima da malhada, depois admiram-se de acontecerem acidentes.
Eu não sei qual a distancia mínima da costa para colocação destas artes, pesquisei na net e não encontrei nada, mas calculo que não seja a esta distancia, alguém sabe?









Onde andam as autoridades que não vem nada!!!!
Fotos tiradas esta semana na Praia da Assenta.

Mas que peixeirada vem a ser esta(parte 1)!!!!

$
0
0
Há uns anos atrás pensei em seguir a profissão de peixeiro, mas a ideia nunca foi nunca para a frente. Hoje tive a oportunidade de ser peixeiro por um dia (talvez futuramente todos os dias, nunca se sabe), como tenho um colega de pesca, o César Ribeiro que além de grande pescador entre outras virtudes e qualidades, é peixeiro de profissão, aceitei o convite e fui fazer a venda com ele.
O dia, esse não podia estar melhor, um dia bastante solarengo e primaveril, e bem cedo lá fomos nós, na carrinha vender o peixe às freguesas, buzinando por essas aldeias, e casais do concelho de Torres Vedras, lugares e recantos onde nunca tinha passado, zonas com paisagens maravilhosas, cada vez gosto mais do meu Oeste.
Primeira paragem e obrigatória na sede, tomar um chá(?????) para aquecer e afinar a garganta(além de curar a ressaca), mas que raio de bebida para um peixeiro de barba rija, pensava que era um bagaço ou uma aguardente, mas não um chazinho!!!!!
Agora sim estavamos prontos para começar a buzinar!!!!
Ó Ti Maria quer peixe? É tudo peixe bom e fresquinho, hoje temos, pescada, pargo mulato, safio, carapau, chicharro, perca, garoupa.....
«É o peixe está caro!!», dizem praticamente todos os clientes, dois dedos de conversa enquanto se amanha o peixe, e já está mais uma cliente bem servida e vamos ficando com menos stok na carrinha.





Também aprendi coisas novas, nomeadamente na disciplina de matemática, aprendi a fazer arredondamentos à César, passo a explicar, ora bem no total são 15€ euros e 20 cêntimos, arredondando dá 16€ e mais uns trocos. É sempre a arredondar, este ditado popular assenta-lhe mesmo bem, grão(arredondamento) a grão(arredondamento) enche a galinha(peixeiro) o papo.

E assim continuamos nesta labuta toda a manhã com umas pausas obrigatórias, uma para a buxa e outra para um aperitivo na sede da Bordinheira, para abrir o apetite para o almoço.
Aqui fui obrigado a sujar as mãos e amanhar uns peixes para a malta amiga, além de por em prática a técnica dos arredondamentos, alguém tinha de pagar os martinis, he he he.......




Depois da venda feita, e arrumada a carrinha bem como todo o material de trabalho, almoçamos rapidinho, umas sandochas, e adivinhem o que fomos fazer?
Mas isso tem que ficar para a 2ª parte deste post, que a história já vai longa.
Um abraço e não percam o próximo capitulo brevemente.


Viewing all 337 articles
Browse latest View live